Sérgio Conceição estreou-se em grande no comando técnico do AC Milan - triunfo com volte face na partida diante da Juventus (1-2) - e analisou o triunfo, assim como também abordou as principais sensações como o novo técnico dos rossoneri.
Conceição destacou a vitória «merecida» e sublinhou o primeiro impacto com o balneário, sublinhando que não gosta de «dar abraços».
Sérgio Conceição em discurso direto:
Rodinha no fim do jogo: «É preciso ter paixão na vida. O futebol é paixão, emoção. São momentos bonitos. Mereceram a segunda parte que jogaram, mereceram estar na final. Na primeira parte, vi um Milan como há algumas semanas, com muitas dúvidas nos jogadores. Defensivamente, na pressão, com a bola, lento na circulação. Mudámos ao intervalo, falámos, olhámos nos olhos uns dos outros. Eles tinham de perceber o que fazer para ganhar este jogo. Tinham de fazer o que tínhamos preparado e, se perdêssemos por dois ou três a zero, a culpa era minha. Mas ainda não ganhámos nada. Agora, temos de descansar, vamos ter menos um dia de descanso e isso pode ser importante.»
Recuperar Rafael Leão para a final? «Veremos. Hoje treinou perto do que é necessário do ponto de vista físico para estar mais perto de trabalhar com a equipa. Penso que não estará presente amanhã, vamos ver depois de amanhã.»
O reencontro com o filho: «Estava tranquilo, feliz por mim, mas também triste. Faz parte da vida.»
Primeiro impacto com os jogadores: «Posso dizer-vos que, após os primeiros 45 minutos no balneário, não beijei os jogadores. Fiquei um pouco zangado, eles não fizeram o que tínhamos preparado e isso deixa-me um pouco zangado. Estou a viver este momento com um grupo humilde, um bom grupo. Por vezes, falta-nos um pouco daquela boa maldade para conseguirmos aquele extra, mas com o tempo vamos conseguir. Os jogadores precisam de uma boa palavra e também de algumas pancadas.»
«Eu não sou um tipo muito simpático, não gosto de dar abraços. É mais frequente ficar zangado do que o contrário. O importante para eles é trabalhar bem e ter muita energia positiva. É um grupo de qualidade, estou muito contente com o grupo porque aceitaram a mensagem e um treinador que não sorri tanto. E isso agrada-me, porque não estou aqui para fazer amigos, mas para ganhar. Isso é o mais importante.»