Sergei Palin, CEO do Shakhtar Donetsk, revelou, em entrevista ao GiveMeSport, que Mykhaylo Mudryk, extremo que o Chelsea contratou ao clube ucraniano por 70 milhões de euros (mais 30 em bónus), em janeiro de 2023, passou com sucesso num teste do polígrafo.

O internacional ucraniano, de 24 anos, está suspenso desde meados de dezembro de 2024, altura em que acusou positivo a meldronato num teste antidoping de rotina. A substância está proibida pela WADA (Agência Mundial de Antidopagem) e atua na absorção de oxigénio pelas células, estimulando esse processo, além de melhorar a produção de energia no corpo e a recuperação após esforços físicos.

«Falei com Mudryk muitas vezes desde que surgiu esta questão do doping e ele não entende como é que isto aconteceu. Não faz a mínima ideia. Os advogados providenciaram-lhe um teste do detetor de mentiras, que ele passou com sucesso. Isto mostra que ele não fez nada de errado e de forma intencional. Mudryk deixou claro que não é culpa dele e agora é preciso descobrir como tudo aconteceu e quem fez isto. É um profissional de excelência e uma ótima pessoa, devia ser protegido», revelou o dirigente, que assinalou ainda que parte do dinheiro da venda de Mudryk para o Chelsea foi doada para ajuda na guerra com a Rússia.

«O Rinat Akhmetov [dono do Shakhtar Donetsk] entregou 25 milhões de euros da venda do Mudryk ao exército. É apaixonado pelo seu país e, desde o início do conflito, já doou mais de 315 milhões de euros, de longe a maior quantia entregue por uma pessoa ou empresa», disse Sergei Palin.