Na sequência da vitória do Sp. Braga no terreno do AVS, por 1-0, Carlos Carvalhal voltou a criticar o tempo de descanso entre os jogos europeus e os do campeonato. No caso dos bracarenses, defrontaram o Hoffenheim em casa na quinta-feira, para a Liga Europa, voltando a atuar cerca de 72 horas depois, um período que o treinador considera escasso.

"Antes de mais deixe-me dar uma palavra aos adeptos, muito grato pelo apoio e obrigado por terem vindo apoiar. Ela merece, estamos a jogar num contexto difícil, vimos neste fim de semana alguns resultados estranhos que acontecem a seguir às competições europeias. Vimos o Barcelona a perder 2-1 com o Las Palmas, mas há vários exemplos. Da nossa parte, foi a 9ª 'entaladela', connosco no comando é a 8ª. Perdemos no Dragão e jogámos bem, perdemos com o Sporting e jogámos bem, empatámos em Barcelos e fizemos uma 1ª parte espetacular e depois vencemos cinco jogos. Eu sei que é chover no molhado, mas em 72 horas os jogadores não estão recuperados do jogo anterior. Os clubes não gostam de falar porque dá uma sensação de um pouco de fragilidade, mas a verdade é que os jogadores não recuperam. A capacidade de reagir, saber e pensar não é a mesma do que com mais um dia de descanso. Se não estivéssemos esta situação, estou convencido que no campeonato teríamos mais pontos", começou por dizer o treinador na flash interview da Sport TV.

"Jogo bem conseguido da nossa parte, adulto, tornámos o jogo dentro do registo que nos interessava. Acabámos uma 1ª parte em que podíamos estar a vencer, o AVS teve duas oportunidades mas nós também tivemos. Fomos mais equipa durante o jogo inteiro, fizemos um jogo seguro, apesar de termos jogado na qunta-feira, e obviamente que estamos muito satisfeitos", acrescentou Carvalhal.

Lance do golo do Gabri 

"A intenção de passar o Gabri para a direita é porque ele fica com mais capacidade de golo. Além dessa situação, tem outra clara na cara do guarda-redes, que fez uma excelente exibição. E o Ismael Gharbi na esquerda é criativo, juntamente com o André Horta, são jogadores com muita criatividade, a intenção foi tentar ganhar profundidade na direita e na esquerda ganhar jogo. São jogadores de muito toque e com facilidade de quebrar linhas." 

Ciclo positivo sem golos sofridos, mas repetindo o onze três vezes? 

"É uma faca de dois gumes, o treinador é sempre burro nestas situações. Se mete os mesmos jogadores e não vence, é burro, mas se muda cinco ou seis jogadores, é um nabo, porque devia ter mantido o mesmo espírito. Buscámos sempre o mesmo equilíbrio, a equipa está bem, mas está desgastada. Mas tem este élan que ajuda na recuperação. É melhor trabalhar sobre vitórias do que derrotas."