Treinador do Sp. Braga espera seguir em frente para manter o sonho de conquistar a quarta Taça de Portugal da história do clube
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Carlos Carvalhal fez a antevisão ao jogo com o Benfica de amanhã, no Estádio da Luz, e que vai decidir quem segue em frente na Taça de Portugal para as meias-finais da prova. O treinador confirmou a regresso de Fran Navarro às suas opções, deixando em aberto a possível concovatória de Niakaté.
O Sp. Braga vai defrontar o Benfica pela terceira vez esta época. Os outros dois jogos podem servir de referência para este e que tipo de adversário antevê?
"Este jogo não tem nada a ver com os outros dois, é um jogo da Taça de Portugal, com características também diferentes. Um jogo obviamente, difícil, é um dos jogos mais difíceis que nós temos quando vamos jogar a este tipo de estádios, temos consciência disso. Acima de tudo, a nossa equipa tem que continuar a fazer o que tem feito, tem que fundamentalmente acreditar que é possível passar, isso é o primeiro passo, é o primeiro ponto. O segundo ponto é importante manter a mesma humildade e os pés no chão, que nos tem ajudado a conseguir um percurso excelente, principalmente em 2025. E na mesma proporção da humildade alguma astúcia, alguma personalidade e muita ambição. Temos que ter um bocadinho de tudo isto, jogarmos juntos, estarmos, acima de tudo, dentro do campo como uma família. Sabemos que vamos ter momentos de grande dificuldade e temos que nos unir e estar juntos. Temos que ter o nosso momento também para fazer golos, porque queremos passar."
O presidente António Salvador, ontem, à margem da tomada do posto de Pedro Proença, disse que a Taça de Portugal tem de ser sempre um objetivo para o Sp. Braga. Pergunto-lhe se é também dessa forma que olha, até pelo trajeto que já tem como treinador na Taça de Portugal, como treinador do Sp. Braga e, por outro lado, se o Braga não tem de se assumir no campeonato da mesma forma que parece assumir-se na Taça de Portugal, até tendo em conta a forma como estão as contas do campeonato?
"O Sp. Braga tem de se assumir a vencer o próximo jogo. É isso que o Braga tem de fazer, porque o próximo é o jogo mais importante da nossa vida, fazer cada jogo uma final, montar uma estratégia para cada jogo, preparar os jogadores mentalmente e focalizá-los naquilo que é necessário para vencer. Neste momento, o que nos oferece e que está à nossa frente é o jogo da Taça, um jogo difícil e o nosso foco está totalmente direcionado para este jogo e nada mais interessa. O facto do Sp. Braga se assumir ou não como um candidato a vencer a Taça, acho que uma situação completamente normal, não foi só o Sp. Braga, foram várias equipas que manifestaram essa vontade. É uma situação absolutamente normal num clube ambicioso que quer vencer as competições onde participa. "
Qual foi a chave para este sucesso do Sp. Braga em 2025 em contraponto com o que vinha a acontecer na primeira metade da temporada?
"Foi tudo aquilo que faz uma equipa de futebol: muito trabalho, união, compromisso coletivo, jogadores muito focados na tarefa e naquilo que têm que fazer, muita ambição também, tudo aquilo que é necessário para que uma equipa funcione bem. Tivemos essa oportunidade de reformular as coisas e estamos satisfeitos com o andamento da equipa."
Como é que está o balneário em função deste percurso de sucesso?
"Consigo olhar para o meu grupo e percebê-lo, fazer uma leitura boa. Toda a gente tem os pés bem assentes no chão, sabem que isto saiu muito do corpo de todos nós e principalmente dos jogadores. É um grupo humilde, trabalhador e unido. Obviamente, em função das vitórias, está mais contente ou menos contente e, numa senda positiva, a equipa sorri mais, o que é normal. Em relação ao trabalho, o comportamento tem sido sempre exemplar. Temos consciência que que vamos ter dificuldades amanhã no jogo, mas a ambição tem de ser proporcional às dificuldades que vamos encontrar."
A minha pergunta é mais sobre o Fran Navarro. Se já está disponível?
"Sim, está disponível."
Além do Fran Navarro gostávamos de saber sobre os outros três elementos que estavam com problemas físicos. Em relação ao onze de 4 de janeiro, que venceu na Luz, pode haver apenas quatro jogadores a repetirem a titularidade. O que é que isso diz do percurso do Sp. Braga desde o início do ano civil?
"Pode querer dizer que o treinador altera muito a equipa, digo eu. Tem havido oportunidades, também saíram vários jogadores, houve espaço para outros e ainda o olhar para a equipa B, puxar jovens talentos e, no fundo, fazê-los acreditar que têm capacidade para jogar ao melhor nível e eles têm respondido. Já são adultos que têm feito um trabalho muito bom. Em relação aos outros três jogadores, o Vítor Carvalho já anda no campo, mas ainda demora um bocadinho. O Niakaté está ali a bater à porta, deve estar a bater à porta nesta altura para ser convocado e o Rodrigo Zalazar também já anda no relvado ainda deve demorar mais umas duas semanas, mas está a evoluir bastante bem. O Fran Navarro está a 100 por cento e já agora também o Racic, que sofreu um toque no último jogo, também está a 100 por cento."
O Braga não perde há um mês, tem cinco vitórias e um empate nos últimos seis jogos, o Benfica tem sete vitórias e um empate nos últimos oito. Condimentos perfeitos para um bom jogo?
"Parecem as duas num bom momento, sem dúvida. Vamos esgrimir argumentos contra uma equipa que está forte, que tem vindo a ganhar jogos. Nós temos que fazer o nosso trabalho, acreditar muito, trabalhar muito, correr muito, ser humildes e ter consciência que vamos ter momentos em que vamos ter que estar como uma família, bem juntinhos, bem agarrados uns aos outros. Ao mesmo tempo, temos que ter a irreverência suficiente para conseguir assustar a linha defensiva do Benfica e fazer golos para podermos passar à próxima fase."
Já disse que o Benfica, neste momento, é uma equipa de duas facetas em termos de gestão. Ficou ainda mais convencido dessa ideia depois de ter visto o onze com o Benfica frente ao Boavista?
"Sim, o que é normal numa equipa que joga competições europeias e que quer ter um rendimento constante em todas as competições, tem que ter duas opções por posição. Acho que o Benfica melhorou o seu plantel e o Bruno Lage tem feito um excelente trabalho e apresentado variações de um jogo para o outro. Nem todas as equipas e plantéis têm essa capacidade. Evidentemente que depois há mais lesões, há mais fadiga os jogadores não estão a cem por cento quando jogam de três em três dias ou quatro em quatro dias."
Já disse, mais que uma vez, que ter vencido a Taça de Portugal pelo Sp. Braga foi como uma Champions para si. Sendo que estamos numa altura da competição muito próxima de uma definição, no plano teórico, quem passar esta eliminatória pode estar na final, porque o adversário seguinte vem do Campeonato de Portugal. Esta foi uma semana de Champions para si? Pergunto-lhe também pelo reencontro com o Bruma que perigo é que este Bruma do Benfica enfrenta para o SC Braga?
"Qualquer jogo do Sp. Braga, para mim, é especial. Quando são jogos de maior importância, ainda mais especiais. Se gostava de ir à final e vencer a Taça? Obviamente que sim, já vencemos uma. O Sp. Braga tem três, e gostaríamos de atingir a quarta. Mas para lá chegar, é preciso destronar um adversário fortíssimo, como é o Benfica, a jogar na sua casa. Mas a realidade é que, se queremos conquistar a Taça, temos de ganhar este tipo de jogos. Senão, dificilmente o conseguirás. Quando ganhámos, tivemos que eliminar o FC Porto para chegar à final, na altura e depois vencemos o Benfica. O trajeto é sempre o mesmo, tem de se destronar pelo menos um adversário muito difícil para se conseguir chegar a uma final. Quanto ao Bruma é um jogador muito perigoso, está a fazer a sua melhor época de sempre. Quando saiu daqui, em meio ano, já tinha o seu melhor registo, em termos de asistências e de golos. Mas, sinceramente, não nos preocupa um jogador em específico, mas sim o coletivo do Benfica. Se nos preocuparmos individualmente com cada jogador do Benfica, jogadores de seleção, de nível muito alto, não jogaríamos, e nós queremos jogar. A preocupação é aquela que nos merece que é o respeito pelo coletivo do Benfica que é forte. Temos que estar focados e ser coletivamente muito fortes, só uma equipa coletivamente muito forte, que é que consegue vencer o Benfica no Estádio da Luz. Poucas equipas venceram o Benfica em sua casa."
Os treinadores, muitas vezes na Taça de Portugal, trocam de guarda-redes. Perguntava-lhe se isso está na sua cabeça, e se estivesse, não é um risco para a coesão defensiva que a equipa tem apresentado?
"Não, eu não costumo fazer isso. Não costumo trocar de guarda-redes. Costumo, eventualmente, dar a oportunidade de jogar num jogo ou outro, naquilo que eu entendo. O Hornicek já jogou para o campeonato e fez outro jogo da Taça, mas não era o guarda-redes da Taça, o Matheus, pelo menos, lembro-me de ter feito um jogo nesta prova. Não sou apologista disso. Mas, também respondo que se tivesse que jogar o Tiago Sá, não tinha problema absolutamente nenhum, porque é um excelente guarda-redes, não iríamos sentir grandes problemas, mas estamos bem guardados com o Hornicek que tem feito uma campanha muito boa."
O Sp. Braga vai defrontar o Benfica pela terceira vez esta época. Os outros dois jogos podem servir de referência para este e que tipo de adversário antevê?
"Este jogo não tem nada a ver com os outros dois, é um jogo da Taça de Portugal, com características também diferentes. Um jogo obviamente, difícil, é um dos jogos mais difíceis que nós temos quando vamos jogar a este tipo de estádios, temos consciência disso. Acima de tudo, a nossa equipa tem que continuar a fazer o que tem feito, tem que fundamentalmente acreditar que é possível passar, isso é o primeiro passo, é o primeiro ponto. O segundo ponto é importante manter a mesma humildade e os pés no chão, que nos tem ajudado a conseguir um percurso excelente, principalmente em 2025. E na mesma proporção da humildade alguma astúcia, alguma personalidade e muita ambição. Temos que ter um bocadinho de tudo isto, jogarmos juntos, estarmos, acima de tudo, dentro do campo como uma família. Sabemos que vamos ter momentos de grande dificuldade e temos que nos unir e estar juntos. Temos que ter o nosso momento também para fazer golos, porque queremos passar."
O presidente António Salvador, ontem, à margem da tomada do posto de Pedro Proença, disse que a Taça de Portugal tem de ser sempre um objetivo para o Sp. Braga. Pergunto-lhe se é também dessa forma que olha, até pelo trajeto que já tem como treinador na Taça de Portugal, como treinador do Sp. Braga e, por outro lado, se o Braga não tem de se assumir no campeonato da mesma forma que parece assumir-se na Taça de Portugal, até tendo em conta a forma como estão as contas do campeonato?
"O Sp. Braga tem de se assumir a vencer o próximo jogo. É isso que o Braga tem de fazer, porque o próximo é o jogo mais importante da nossa vida, fazer cada jogo uma final, montar uma estratégia para cada jogo, preparar os jogadores mentalmente e focalizá-los naquilo que é necessário para vencer. Neste momento, o que nos oferece e que está à nossa frente é o jogo da Taça, um jogo difícil e o nosso foco está totalmente direcionado para este jogo e nada mais interessa. O facto do Sp. Braga se assumir ou não como um candidato a vencer a Taça, acho que uma situação completamente normal, não foi só o Sp. Braga, foram várias equipas que manifestaram essa vontade. É uma situação absolutamente normal num clube ambicioso que quer vencer as competições onde participa. "
Qual foi a chave para este sucesso do Sp. Braga em 2025 em contraponto com o que vinha a acontecer na primeira metade da temporada?
"Foi tudo aquilo que faz uma equipa de futebol: muito trabalho, união, compromisso coletivo, jogadores muito focados na tarefa e naquilo que têm que fazer, muita ambição também, tudo aquilo que é necessário para que uma equipa funcione bem. Tivemos essa oportunidade de reformular as coisas e estamos satisfeitos com o andamento da equipa."
Como é que está o balneário em função deste percurso de sucesso?
"Consigo olhar para o meu grupo e percebê-lo, fazer uma leitura boa. Toda a gente tem os pés bem assentes no chão, sabem que isto saiu muito do corpo de todos nós e principalmente dos jogadores. É um grupo humilde, trabalhador e unido. Obviamente, em função das vitórias, está mais contente ou menos contente e, numa senda positiva, a equipa sorri mais, o que é normal. Em relação ao trabalho, o comportamento tem sido sempre exemplar. Temos consciência que que vamos ter dificuldades amanhã no jogo, mas a ambição tem de ser proporcional às dificuldades que vamos encontrar."
A minha pergunta é mais sobre o Fran Navarro. Se já está disponível?
"Sim, está disponível."
Além do Fran Navarro gostávamos de saber sobre os outros três elementos que estavam com problemas físicos. Em relação ao onze de 4 de janeiro, que venceu na Luz, pode haver apenas quatro jogadores a repetirem a titularidade. O que é que isso diz do percurso do Sp. Braga desde o início do ano civil?
"Pode querer dizer que o treinador altera muito a equipa, digo eu. Tem havido oportunidades, também saíram vários jogadores, houve espaço para outros e ainda o olhar para a equipa B, puxar jovens talentos e, no fundo, fazê-los acreditar que têm capacidade para jogar ao melhor nível e eles têm respondido. Já são adultos que têm feito um trabalho muito bom. Em relação aos outros três jogadores, o Vítor Carvalho já anda no campo, mas ainda demora um bocadinho. O Niakaté está ali a bater à porta, deve estar a bater à porta nesta altura para ser convocado e o Rodrigo Zalazar também já anda no relvado ainda deve demorar mais umas duas semanas, mas está a evoluir bastante bem. O Fran Navarro está a 100 por cento e já agora também o Racic, que sofreu um toque no último jogo, também está a 100 por cento."
O Braga não perde há um mês, tem cinco vitórias e um empate nos últimos seis jogos, o Benfica tem sete vitórias e um empate nos últimos oito. Condimentos perfeitos para um bom jogo?
"Parecem as duas num bom momento, sem dúvida. Vamos esgrimir argumentos contra uma equipa que está forte, que tem vindo a ganhar jogos. Nós temos que fazer o nosso trabalho, acreditar muito, trabalhar muito, correr muito, ser humildes e ter consciência que vamos ter momentos em que vamos ter que estar como uma família, bem juntinhos, bem agarrados uns aos outros. Ao mesmo tempo, temos que ter a irreverência suficiente para conseguir assustar a linha defensiva do Benfica e fazer golos para podermos passar à próxima fase."
Já disse que o Benfica, neste momento, é uma equipa de duas facetas em termos de gestão. Ficou ainda mais convencido dessa ideia depois de ter visto o onze com o Benfica frente ao Boavista?
"Sim, o que é normal numa equipa que joga competições europeias e que quer ter um rendimento constante em todas as competições, tem que ter duas opções por posição. Acho que o Benfica melhorou o seu plantel e o Bruno Lage tem feito um excelente trabalho e apresentado variações de um jogo para o outro. Nem todas as equipas e plantéis têm essa capacidade. Evidentemente que depois há mais lesões, há mais fadiga os jogadores não estão a cem por cento quando jogam de três em três dias ou quatro em quatro dias."
Já disse, mais que uma vez, que ter vencido a Taça de Portugal pelo Sp. Braga foi como uma Champions para si. Sendo que estamos numa altura da competição muito próxima de uma definição, no plano teórico, quem passar esta eliminatória pode estar na final, porque o adversário seguinte vem do Campeonato de Portugal. Esta foi uma semana de Champions para si? Pergunto-lhe também pelo reencontro com o Bruma que perigo é que este Bruma do Benfica enfrenta para o SC Braga?
"Qualquer jogo do Sp. Braga, para mim, é especial. Quando são jogos de maior importância, ainda mais especiais. Se gostava de ir à final e vencer a Taça? Obviamente que sim, já vencemos uma. O Sp. Braga tem três, e gostaríamos de atingir a quarta. Mas para lá chegar, é preciso destronar um adversário fortíssimo, como é o Benfica, a jogar na sua casa. Mas a realidade é que, se queremos conquistar a Taça, temos de ganhar este tipo de jogos. Senão, dificilmente o conseguirás. Quando ganhámos, tivemos que eliminar o FC Porto para chegar à final, na altura e depois vencemos o Benfica. O trajeto é sempre o mesmo, tem de se destronar pelo menos um adversário muito difícil para se conseguir chegar a uma final. Quanto ao Bruma é um jogador muito perigoso, está a fazer a sua melhor época de sempre. Quando saiu daqui, em meio ano, já tinha o seu melhor registo, em termos de asistências e de golos. Mas, sinceramente, não nos preocupa um jogador em específico, mas sim o coletivo do Benfica. Se nos preocuparmos individualmente com cada jogador do Benfica, jogadores de seleção, de nível muito alto, não jogaríamos, e nós queremos jogar. A preocupação é aquela que nos merece que é o respeito pelo coletivo do Benfica que é forte. Temos que estar focados e ser coletivamente muito fortes, só uma equipa coletivamente muito forte, que é que consegue vencer o Benfica no Estádio da Luz. Poucas equipas venceram o Benfica em sua casa."
Os treinadores, muitas vezes na Taça de Portugal, trocam de guarda-redes. Perguntava-lhe se isso está na sua cabeça, e se estivesse, não é um risco para a coesão defensiva que a equipa tem apresentado?
"Não, eu não costumo fazer isso. Não costumo trocar de guarda-redes. Costumo, eventualmente, dar a oportunidade de jogar num jogo ou outro, naquilo que eu entendo. O Hornicek já jogou para o campeonato e fez outro jogo da Taça, mas não era o guarda-redes da Taça, o Matheus, pelo menos, lembro-me de ter feito um jogo nesta prova. Não sou apologista disso. Mas, também respondo que se tivesse que jogar o Tiago Sá, não tinha problema absolutamente nenhum, porque é um excelente guarda-redes, não iríamos sentir grandes problemas, mas estamos bem guardados com o Hornicek que tem feito uma campanha muito boa."