Bruno Pinheiro estreou-se no comando técnico do Gil Vicente com um triunfo frente ao AVS SAD, mas está convicto que a deslocação à Vila das Aves apresenta-se mediante um contexto completamente diferente. Ideia de cautela reforçada a esperança de prolongar o melhor momento dos gilistas no campeonato e do moralizador triunfo arrancado frente ao FC Porto na última jornada.

"Os festejos do triunfo frente ao FC Porto não foram assim tantos como isso. Na nossa realidade valorizamos muito todas as vitórias e qualquer ponto. Foi uma semana de boa disposição no balneário, mas tudo muito normal, até porque sabemos que temos pela frente um jogo completamente diferente do da 1ª volta. Primeiro porque é fora de casa, depois porque o adversário tem um novo técnico e uma nova estrutura de jogo, além de que o mercado está a mexer muito para aqueles lados", comentou Bruno Pinheiro, salientando que "o AVS SAD tem somado pontos consistentemente com Daniel Ramos": "Acredito que vamos defrontar um adversário moralizado e determinado a dar uma imagem diferente daquela patenteada na derrota frente ao Nacional".

Avaliação comedida também pela impossibilidade de marcar presença no banco de suplentes, dado que Bruno Pinheiro foi expulso na receção ao FC Porto e terá de cumprir castigo. Limitação, contudo, que o técnico diz não ter reflexos na coordenação com os seus adjuntos.

"Muitas vezes centra-se o foco nos treinadores e jogadores, mas o meu trabalho é desenvolvido graças a um conjunto de elementos e, sinceramente, acho que não se vai sentir a falta do treinador", justificou Bruno Pinheiro.

Cauê de saída.

O mercado de Inverno já proporcionou três reforços ao Gil Vicente e Bruno Pinheiro confirmou que poderá suscitar mais alterações, até pela perspectiva de saída do brasileiro Cauê, avançado que está em Barcelos a título de empréstimo dos belgas do Lommel SK.

"O futuro imediato do Cauê passa, provavelmente, pela saída, o que libertará mais uma vaga", confirmou Bruno Pinheiro, garantindo que "o conhecimento recíproco de técnicos e jogadores" é o pilar que catapultou o Gil Vicente para um patamar de conforto: "O futebol é dinâmica. Houve uma altura em que se calhar era preciso reforços e hoje parece que não porque o conhecimento mútuo permitiu-nos desenvolver o que tínhamos. Foi um período de aprendizagem recíproca entre jogadores e técnicos, mas obviamente chega o mercado e há sempre posições em que pretendemos ter outras opções. A saída do Collado abriu um espaço para um extremo e chegou o Bermejo, mas o mercado ainda pode proporcionar mais oportunidades de negócio, como aconteceu com a chegada do Carlos Eduardo, que é um avançado possante, tem feito golos e em quem temos esperança de adaptação. Contudo, a prioridade é prolongar o bom momento do Pablo e do Aguirre, elemento que também tem uma capacidade de finalização muito boa".