O Benfica disputa, esta quarta-feira, o acesso às meias-finais da Taça de Portugal. Os encarnados recebem o SC Braga e Bruno Lage, técnico benfiquista, fez a antevisão do duelo, esta terça-feira, no Benfica Campus.
Bruno Lage em discurso direto
SC Braga: «Espero um SC Braga muito competente, à imagem do seu treinador. Permitam-me o elogio, porque só um treinador como Carlos Carvalhal se pode reinventar depois do mercado que teve e construir a equipa que está a construir. Perdeu vários jogadores e conseguiu fazer um bom momento desde janeiro. Atravessam um bom momento, com uma dinâmica muito interessante e amanhã é uma final. Uma final para atingir as meias-finais de um troféu que ambicionamos vencer. O Benfica não vence desde 2017 e temos esse objetivo. É só um jogo e tudo pode acontecer, mas temos que estar preparados para fazer uma boa exibição. Sei o quanto o mister Carlos Carvalhal valoriza vencer pelo SC Braga, portanto temos de estar no nosso melhor nível. Esperamos um grande jogo de futebol.»
Críticas do Benfica ao «condicionamento e pressão sobre a arbitragem por parte dos responsáveis do Sporting»: «O que acho é que tem que se dar condições a toda a gente de entrar em campo e poder fazer o seu melhor. O que controlo é o rendimento da minha equipa e é com isso que me preocupo.»
Regresso à liderança do campeonato dá confiança acrescida para a Taça: «O mais importante é conseguirmos fazer o que fizemos na Taça da Liga, que é mudar o número na parede. Os objetivos são sempre coletivos e não individuais, é a nossa preocupação. Sobre o campeonato, é um facto que é o nosso grande objetivo. Só vamos jogar na Liga dentro de alguns dias e o foco está no jogo de amanhã. Vamos defrontar uma belíssima equipa e estamos 100 por cento comprometidos. Queremos muito chegar à final da Taça de Portugal e vencer o troféu.»
Declarações recentes de Frederico Varandas e se está realmente preocupado com o estado atual do Sporting: «Preocupo-me com o Sporting quando jogo contra o Sporting. O Sporting que me preocupa neste momento é o de Braga, com quem jogo amanhã.»
As «duas facetas» faladas por Carlos Carvalhal e o favoritismo ser 50-50: «Não tenho problema nenhum em partilhar o 50-50. Conheço bem o mister Carvalhal e a equipa técnica, sei como preparam os jogos. É um jogo a eliminar, tudo pode acontecer. Pela forma como ele respondeu às perguntas, dá para perceber que nos conhece muito bem. Temos de ter esse lado estratégico e esconder o que pode ser o nosso onze e a nossa estratégia, apesar de sentir que, pela experiência, ele tem alguma ideia de como podemos jogar. O mais importante é sempre o que vamos fazendo a cada momento: analisar bem os jogos, analisar os momentos da equipa e prepararmo-nos da melhor maneira para o jogo seguinte.»
Samuel Soares titular e margem para maior rotação: «Na questão do guarda-redes, ficou o compromisso de ser a competição do Samu e por isso foi a nossa intenção dar-lhe mais alguns minutos no último jogo. É bom para um jogador que treina como ele ter períodos de dois jogos consecutivos a jogar. Relativamente a rotação ou deixar de ser rotação, é a questão de entendermos o melhor a cada momento, em função do que será a estratégia para o jogo.»
Jogo de tudo ou nada porque o Benfica não vence desde 2017: «No Benfica, todos os jogos têm peso. Desde o momento que chegámos que não tínhamos margem de erro em nenhuma competição. O peso desta cadeira obriga a não podermos deixar nenhuma competição de lado. Tem sido sempre essa a mentalidade. Vencemos a Taça da Liga, temos um jogo importante amanhã para a Taça de Portugal, temos o campeonato que vai ser disputado até final, até em função do calendário, com Benfica, Sporting, FC Porto e SC Braga, que pode ter uma palavra a dizer e incluo neste lote. Também temos muita ambição na Liga dos Campeões. Isto consegue-se com o foco a cada momento e agora é altura da Taça de Portugal.»
Polivalência de Dahl era conhecida ou agradável surpresa: «Não pode ser agradável surpresa para nós, porque não andamos aqui aos tiros a ver se acertamos no pato certo. O que é importante e até interessante é que passaram apenas duas, três semanas desde que os jogadores cá estão e não é por acaso que acertámos nas contratações. Há um trabalho invisível de muita gente a filtrar para perceber os jogadores-alvo. Simultaneamente, temos de olhar para o plantel e fazer os ajustes necessários, mas também de ter a capacidade financeira para isso. Há um conjunto de situações que nos permite chegar a este momento, olharmos e sentirmos que conseguimos fazer os reajustes certos. Estamos muito satisfeitos com os quatro, independentemente do Manu estar agora lesionado.»
Evolução de Samuel Soares pode levá-lo a desafiar Trubin: «Qualquer jogador que está no Benfica pode ser titular. O Samuel pode ser um dia. Tem que o ambicionar. Vejo um atleta sempre a trabalhar no limite, a querer crescer e ter as suas oportunidades. Tem a oportunidade de jogar na Taça de Portugal, teve a oportunidade de jogar contra o Boavista e sempre que é chamado, corresponde. Há um terceiro guarda-redes que está a fazer um trabalho muito interessante, o André [Gomes]. Joga na equipa B e treina diariamente connosco. Estamos servidos com três belíssimos guarda-redes. O Trubin também tem feito uma época fantástica. É preciso percebermos que quem joga acerta e falha. Temos de resolver os problemas como coletivo.»