O bispo do Porto, Manuel Linda, lembrou esta segunda-feira Pinto da Costa como um líder da região norte do país e um "homem radicalmente religioso", antes de celebrar a missa do funeral do antigo presidente do FC Porto.

"Era um homem radicalmente religioso. Ao longo da sua vida, foi um praticante convicto. Não por mero automatismo, ou uma espécie de confiança mais ilimitada no divino, mas no sentido radical de quem se sente um membro vivo desta igreja que formamos", explicou aos jornalistas à chegada à Igreja das Antas, no Porto, onde se celebra a missa, com D. Américo Aguiar, após a morte no sábado de Pinto da Costa, aos 87 anos.

Para Manuel Linda, o antigo líder dos dragões durante 42 anos, até 2024, era um líder "a nível local, do norte e de Portugal", razão pela qual "tantas pessoas" lhe prestam tributo.

"O nome do Porto também se colocou no panorama mundial por causa deste senhor. É uma figura que não se pode apagar da história", acrescentou.

No final da missa, o cortejo desce a Alameda a caminho do Estádio do Dragão, rumando daí até ao cemitério Prado do Repouso, no Bonfim, onde o corpo de Pinto da Costa será cremado.

O ex-presidente do FC Porto Pinto da Costa, que se estabeleceu como dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial, entre 1982 e 2024, morreu no sábado, aos 87 anos, vítima de cancro.

Pinto da Costa tinha sido diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021 e agravou o seu estado de saúde nas últimas semanas, menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube, frente a André Villas-Boas.

Empossado pela primeira vez em 23 de abril de 1982, seis dias depois de ter sido eleito, sem oposição, como sucessor de Américo de Sá, o ex-dirigente exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o FC Porto à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades - 69 dos quais no futebol sénior masculino, incluindo sete internacionais.