O Benfica garantiu o primeiro lugar do Grupo B da Liga dos Campeões ao vencer, esta quinta-feira, no pavilhão da Luz, o Trissino num alucinante jogo com 12 golos e emoção de início ao fim.  

Os encarnados, que já tinham assegurado a qualificação para os quartos de final da Champions, viram-se em desvantagem perante os italianos, segundos classificados do agrupamento e ainda com pretensões à liderança, aos oito minutos, quando o português Álvaro Morais Alvarinho bateu o guarda-redes Pedro Henriques.  

As águias reagiram e tiveram oportunidade privilegiada de empatar quatro minutos volvidos do golo do Trissino, quando beneficiaram do primeiro livre direto da partida, a castigar falta de outro português da formação transalpina, Reinaldo Garcia. No entanto, Pau Bargalló permitiu a defesa a Stefano Zampoli. A igualdade ficou adiada para seis minutos, e saiu da ponta do stique de Lucas Ordoñez, concretizando o ascendente benfiquista. Essa supremacia resultou na reviravolta no marcador, à beira do intervalo, por Diogo Rafael. 

Três minutos decorridos após o descanso, Nil Roca dilatou o avanço da equipa portuguesa para 3-1, numa fase mais quizilenta da partida em que choveram cartões: dois azuis (para Ordoñez e João Pinto) e um amarelo para Jordi Roca. Desta toada emergiu o quarto golo do Benfica, um bis de Nil Roca aos seis minutos, no que poderia ser visto como o sentenciar da dúvida sobre o vencedor. Mas era cedo para veredictos. O Trissino respondeu a preceito e em dez minutos chegou ao empate, com tentos de Méndez, Alvarinho (a fazer bis) e Cocco, criando apreensão nas bancadas da Luz. 

Contudo, o jogo tinha muito mais voltas para dar. Ao trio de golos dos italianos ripostaram os benfiquistas na mesma medida, por Zé Miranda (bis), Roberto di Benedetto, a adiantar os anfitriões para 7-4 a quatro minutos do final. Então, sim, tornando mais fiável apostar que a contenda estava resolvida. O Trissino ainda reduziu para 7-5 sobre a derradeira buzina, opor Malagoli, mas era demasiado tarde para nova recuperação.