Fazemos assim: cada um escolhe oito jogadores para formar quatro equipas; fazem-se dois jogos até aos 40 pontos; as duas equipas que ganharem, jogam uma final, também até aos 40; o objetivo é a malta divertir-se e dar espetáculo. 

Que tal? Podia ser um torneio quadrangular lá do bairro, mas foi o All-Star da NBA, que este ano teve um formato diferente de tudo o que já se viu desde que nasceu a ideia de juntar os melhores da melhor liga de basquetebol do mundo num jogo, há 75 anos. 

Ah, talvez também desse para perceber que não era um joguito qualquer se tivéssemos dito que, em vez de duas minis e uma bifana, cada um dos elementos da equipa vencedora levava para casa 125 mil dólares, os finalistas ficavam com 50 mil cada, e os semifinalistas derrotados tinham 25 mil como prémio de consolação.  

E que o pedra, papel ou tesoura para escolher as equipas era feito por uns tais de Charles Barkley, Shaquille O’Neal e Kenny Smith. A quarta equipa em prova, era como deixar os miúdos mais novos participar também, mas em formato rookies da NBA, liderados pela ex-estrela da WNBA, Candace Parker. 

Venham daí os jogos! 

Na primeira meia-final, a equipa de Charles Barkley venceu o conjunto de Kenny Smith por 41-32. O destaque foi para Shai Gilgeous-Alexander, base dos Oklahoma City Thunder, que somou 12 pontos, acertando os cinco lançamentos que fez, e que contou com o precioso contributo de Victor Wembanyama (San Antonio Spurs), que somou seis pontos e quatro ressaltos.

A segunda meia-final colocou frente a frente os veteranos de Shaq e os miúdos de Candace e o equilíbrio foi a nota dominante. Depois de o jogo ter estado empatado até aos 28-28, a equipa do antigo poste venceu por 42-35, com os elementos da equipa a dividirem muito os pontos, tendo Damian Lillard (Milwakee Bucks) sido o melhor marcador, com nove. 

Curiosamente, a final foi o jogo mais desequilibrado dos três que compuseram o All-Star (42-25). A equipa de Shaquille O’Neal teve Jayson Tatum a apontar 15 pontos e e Steph Curry de mão quente a fazer 12 em quatro triplos tentados, aos quais juntou quatro ressaltos.

E num fim de semana em San Francisco que juntou as maiores estrelas do jogo, o base de 36 anos acabou coroado como MVP, em casa, e ainda se tornou no décimo jogador da história da NBA a ultrapassar 200 pontos em jogos All-Star. 

E quem nunca sonhou ser o maior lá do bairro?