Em uma declaração ousada desafiando a nova política anti-grosserias da FIA, a sensação da Fórmula Um holandesa Max Verstappen sugeriu humoristicamente que poderia violar intencionalmente a regra para garantir uma suspensão. Isso, brinca ele, permitiria que testemunhasse o nascimento do seu filho—um evento que, de outra forma, poderia perder devido à exigente agenda da Fórmula Um.

No ano passado, o Presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, impôs uma política rigorosa contra os pilotos que utilizam palavrões. A medida levou Verstappen a cumprir um dia de trabalho comunitário após proferir a palavra com a letra F durante uma conferência de imprensa oficial da FIA. Em retaliação, Verstappen limitou suas respostas em coletivas de imprensa subsequentes, optando por expressar plenamente os seus pensamentos para a mídia fora dos limites dos eventos oficiais da FIA.

O piloto da Red Bull completou seu trabalho comunitário em Ruanda, antes da cerimónia de entrega de prémios de final de temporada. No entanto, este ano, as apostas aumentaram significativamente. A FIA anunciou penas mais severas para infrações sob o Artigo 12, como má conduta, linguagem ofensiva e causar ‘dano moral’ ao órgão governante do automobilismo. Essas punições agora variam de multas e suspensões à dedução de pontos do Campeonato Mundial.

Verstappen, que espera um filho com a parceira Kelly Piquet no início desta temporada, aproveitou a oportunidade para brincar com a situação. Falando à publicação holandesa Algemeen Dagblad, ele comentou: “Não se pode tirar dois meses de folga. Ou tenho que ser suspenso porque tenho muitas penalizações por palavrões.”

O comentador da Ziggo Sport, Ola Mol, enquanto aprecia o humor de Verstappen, não acredita que o quatro vezes Campeão Mundial se colocaria deliberadamente em risco de suspensão. No entanto, ele prevê que Verstappen encontrará maneiras de evitar a agitação da mídia no início do fim de semana.

Mol, comentando sobre a abordagem única de Verstappen, disse: “Essa é exatamente a autenticidade que ele tem. Ele quer correr tanto que na verdade não vai fazer isso, mas se começarmos a impor esse tipo de coisa a ele, ele pensa: ‘então vou fazer à minha maneira’.”

Mol também expressou preocupações sobre a repressão de Sulayem, temendo que isso pudesse roubar aos pilotos a sua individualidade e voz. Defendeu uma abordagem mais equilibrada, permitindo que os pilotos e os chefes de equipa regulassem a sua conduta em vez de a FIA impor regras rigorosas.

Mol lamentou a natureza corporativa da Fórmula Um moderna, recordando instâncias passadas em que os pilotos eram mais francos. Ele convidou a FIA a reconsiderar a sua posição, sugerindo que poderia estar a ultrapassar o seu papel.

Concluiu dizendo: “Se isso (as regras da FIA) for então imposto a você pela FIA, então acho que isso é ir longe demais.” As suas palavras transmitem uma mensagem contundente sobre o equilíbrio entre manter a disciplina e permitir espaço para o individualismo no mundo de alto risco da Fórmula Um.