Os bombeiros russos continuavam esta sexta-feira a combater um incêndio num terminal petrolífero na Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia, cinco dias depois de a Ucrânia ter reivindicado um ataque contra a infraestrutura.

"O trabalho vai continuar até que [o incêndio] seja completamente extinto", disse o presidente da câmara de Feodossia, onde o terminal está localizado, Igor Tkatchenko.

As autoridades russas não indicaram a causa do incêndio, mas não desmentiram o anúncio da Ucrânia de que tinha atingido o local com mísseis.

Social Media/Reuters

Tkatchenko reconheceu que a zona petrolífera continuava a arder ao fim de cinco dias, com grandes quantidades de fumo negro visíveis nos últimos dias, o que demonstra a dimensão da catástrofe, segundo a agência francesa AFP.

Referiu, no entanto, que a situação estava estabilizada e "totalmente sob controlo".

Mais de 1.100 pessoas foram retiradas da área circundante desde o início da semana por razões de segurança, disse Tkatchenko nas redes sociais.

O ataque foi reivindicado na segunda-feira pelo exército ucraniano, que descreveu o terminal como "o maior da Crimeia em termos de volume de produtos petrolíferos processados".

Ataques contra instalações energéticas

A Ucrânia intensificou nos últimos meses os ataques contra instalações energéticas da Rússia para tentar perturbar a logística do exército russo, que ainda ocupa quase 20% do território ucraniano.

Ao longo dos últimos dois anos e meio, a Rússia tem bombardeado as infraestruturas e cidades da Ucrânia, atingindo em particular o setor da energia de um país com invernos muito rigorosos.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, mas já tinha invadido e anexado a Península da Crimeia em 2014.