O deputado e cabeça de lista do partido por Lisboa falava no encerramento do XV Congresso do Livre, que aprovou o programa eleitoral às legislativas de 18 de maio, numa sessão com intervenções de oito candidatos à Assembleia da República.

"Se no dia das eleições, as notícias forem que o Livre é o partido que mais cresce e a extrema-direita é o que mais desce, será a melhor notícia que poderemos dar ao nosso país", afirmou.

Num discurso onde voltou a acusar o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de "uma profundíssima falta de ética", o dirigente do Livre deixou também críticas à IL e ao seu programa.

"Nós estamos então entre o montenegrismo de um lado e o motosserrismo do outro, há uma aliança entre montenegrismo e motosserrismo", disse, depois de a IL, na sua última convenção, ter recorrido a motosserras de papel, num sinal de apreço para com as políticas do argentino Javier Milei.

Tavares alertou ainda para os perigos de "um terceiro M, um M de medo, que também é um M de maldade", referindo-se ao Chega, considerando que o seu discurso no parlamento de nas redes sociais "deve ser extenuante".

"Não será possível que se perceba que gostar do país tem que ser de gostar das pessoas que vivem no país?", questionou.

Sem nunca falar diretamente no PS, Rui Tavares fez um apelo a toda a esquerda, dizendo querer ver "mais cadeiras na Assembleia da República" para estes deputados.

"O que nós temos é que ir conquistar os votos de uma maioria sociológica à esquerda que penderam para outro lado, mas que não estão perdidos, porque os vamos recuperar falando mais de liberdade", defendeu.

SMA // JPS

Lusa/fim