O caso ocorreu por volta das 10:00 (08: 00 em Lisboa) e a vítima foi um antigo combatente que desempenhava funções de secretário num dos bairros daquele distrito, explicou à Lusa Miguel Caetano, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) na Zambézia, província do centro de Moçambique.
"Eles decapitaram-no e depois deixaram a sua cabeça numa praça pública (...) Não se sabe ao certo as razões", acrescentou Miguel Caetano.
Segundo as autoridades, quando a equipa de operações da polícia chegou ao local foi recebida com tiros, num confronto que terá provocado a morte de mais duas pessoas, presumivelmente elementos daquele grupo paramilitar.
"A polícia foi obrigada a reagir e, do confronto, pelo menos dois indivíduos por parte deles foram alvejados mortalmente. Estamos ainda em operações para a captura de outros para garantir que este grupo seja responsabilizado", acrescentou.
Os Naparamas são paramilitares moçambicanos que surgiram na década de 1980, durante a guerra civil, aliando conhecimentos tradicionais e elementos místicos no combate aos inimigos, atuando em comunidade.
Historicamente, os Naparamas classificam-se como uma força que se organizou espontaneamente para a autodefesa da população perante a guerra na altura e os seus elementos submetem-se a ritos de iniciação, destinados a dar-lhes alegada "proteção sobrenatural" que acreditam que os torna imunes, até a balas.
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