Pelo menos 10 pessoas morreram, 16 ficaram feridas e mais de 100 continuam desaparecidas em Banguecoque, depois de três edifícios em construção terem ruído, na sequência de um sismo de magnitude 7,7 em Myanmar.

A vice-governadora da capital da Tailândia, Tavida Kamolvej, atualizou o número de mortos, enquanto os esforços de resgate continuam, incluindo num edifício perto do popular mercado de Chatuchak, onde dezenas de pessoas continuam desaparecidas.

Nesta torre em construção, que ruiu durante o sismo, foram encontrados oito corpos, indicou o ministro do Interior tailandês, Anutin Charnvirakul, acrescentando que pelo menos 12 pessoas foram resgatadas dos escombros na zona, geralmente frequentada por turistas.

As equipas de emergência estão a utilizar ‘drones’ para acelerar as buscas por mais sobreviventes, uma tarefa que esperam continuar durante as primeiras horas de sábado.

As autoridades locais relataram que 320 pessoas estavam dentro do estaleiro quando este se desmoronou, enquanto 20 trabalhadores "estão presos no poço do elevador".

As ruas próximas, fechadas ao trânsito de veículos, ficaram cobertas de pó de cimento. Dezenas de ambulâncias, bombeiros, soldados e equipas de resgate foram chamados ao local, onde a torre que ruiu ficou completamente destruída.

O Departamento de Serviços Médicos montou um hospital de campanha para tratar os feridos e as autoridades suspenderam a circulação em todas as linhas do metro e do metro ligeiro até sábado de manhã.

A primeira-ministra tailandesa, Paetongtarn Shinawatra, declarou o estado de emergência na capital, com vários edifícios residenciais e comerciais a serem temporariamente evacuados em Banguecoque, a cerca de mil quilómetros do epicentro do sismo em Myanmar.

O sismo ocorreu às 12h50 locais (6h20 em Portugal), a uma profundidade de 10 quilómetros, com epicentro localizado a cerca de 17 quilómetros de Mandalay, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), que mede a atividade sísmica em todo o mundo.