A Rússia atacou várias cidades da Ucrânia com mísseis balísticos e drones, na manhã desta quarta-feira, dia de Natal, deixando cerca de meio milhão de ucranianos sem eletricidade na região de Kharkiv, depois de um dos mísseis ter atingido uma central elétrica. Volodymyr Zelenskiy, presidente da Ucrânia, fala num ataque "desumano".

“[Vladimir] Putin escolheu deliberadamente o dia de Natal para atacar. O que poderia ser mais desumano? Mais de 70 mísseis, incluindo mísseis balísticos e mais de cem drones”, disse Zelenskyy na rede social Telegram, acrescentando que as tropas ucranianas derrubaram mais de 50 mísseis durante o ataque.

O ministério da Defesa russo já reagiu à ofensiva, num comunicado que confirma que "as forças armadas da Federação Russa lançaram um ataque massivo com armas de precisão de longo alcance e ataques de drones contra instalações críticas da Ucrânia, que apoiam o trabalho do complexo militar-industrial. O objetivo da greve foi alcançado. Todas as instalações foram atingidas".

Na rede social X (ex-Twitter), Maxim Timchenko, CEO da DTEK, a maior empresa privada de energia da Ucrânia, cujo equipamento foi danificado, escreveu que "negar eletricidade e aquecimento a milhões de pessoas enquanto celebram o Natal é um ato depravado que deve ter resposta".

Também a embaixadora dos EUA na Ucrânia, Bridget Brink, comentou o ataque da Rússia dizendo que "o presente de Natal da Rússia para a Ucrânia: mais de 70 mísseis e 100 drones, dirigidos às famílias ucranianas que celebram nas suas casas. A Rússia faz do inverno uma arma".

Na sequência dos ataques, quatro pessoas morreram e cinco ficaram feridas na cidade de Lgov.