O líder dos rebeldes sírios, Abu Mohammed al-Jolani, assegura que não irá haver perdão para os envolvidos na tortura ou morte de detidos nas cadeias do país.

Abu Mohammed Al-Jolani garante que os responsáveis do regime de Bashar al-Assad, Presidente sírio deposto, não vão escapar à justiça.

Através de uma declaração no Telegram, o comandante sírio afirma que não vão ser concedidos perdões ou amnistias aos oficiais do chefe de Estado que partiu para a Rússia, nação que lhe concedeu asilo.

"Vamos persegui-los na Síria e pedimos aos países que entreguem os que fugiram para que possamos fazer justiça", escreveu na rede social, citado pelo The Guardian.

Alguns altos funcionários conseguiram fugir para o estrangeiro, mas acredita-se que muitos estejam escondidos no litoral da Síria, onde o apoio ao regime era mais forte.

Os fiéis a Assad viram-se obrigados a fugir depois de Hayat Tahrir al-Sham, fação militar que lançou uma ofensiva surpresa sobre Damasco, no passado dia 8, ter derrubado o regime de Bashar al-Assad.

Ataques israelitas intensificam-se

Na quarta-feira, as forças israelitas atacaram um porto na cidade de Latakia, a principal cidade portuária da Síria e vários navios e infraestruturas ficaram destruídos.

Desde a queda do regime que estava em vigor há mais de 50 anos, as tropas israelitas dizem que atacaram mais de trezentos alvos sírios.

Além de portos, afirmam ter destruído bases aéreas e fábricas de armas, aviões de combate e mísseis.

As forças de Telavive dizem ter como alvo as estruturas militares que possam ser usadas pelos grupos rebeldes que derrubaram o regime de Assad.