De acordo com informações divulgadas pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, a Operação Torniquete tinha como alvo um alegado grupo criminoso especializado no roubo de veículos que atua em favelas da zona norte localizadas nas proximidades do campus Manguinhos-Maré da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

Ao chegarem ao local, os agentes foram recebidos com tiros. Os polícias alegaram que entraram no campus da Fiocruz para perseguir criminosos em fuga e, durante essa perseguição, um projétil atingiu a janela de um prédio da instituição. 

Um funcionário da Fiocruz foi detido, sob suspeita de ter auxiliado os criminosos, segundo a polícia. 

Já a Fiocruz classificou a ação policial de arbitrária, num comunicado sobre a operação no qual também relatou que os agentes da Polícia Civil entraram descaracterizados e sem autorização no campus.

A instituição esclareceu que projétil atingiu o vidro da sala de Automação, do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), fábrica de vacinas da Fiocruz, e uma trabalhadora recebeu atendimento médico, após ter sido atingida pelos estilhaços.

Referindo-se ao homem detido sob suspeita de ter ajudado criminosos em fuga, na mesma nota aponta-se que se trata de um supervisor da empresa que presta serviços para a Gestão de Vigilância e Segurança Patrimonial da Fiocruz e que terá sido levado pelos polícias "de forma arbitrária para a delegacia, algemado". 

"O vigilante fazia o trabalho de desocupação e interdição da área como medida de segurança para os trabalhadores, alunos e demais frequentadores do campus, no momento da incursão policial, e foi acusado de dar cobertura a supostos criminosos que estariam em fuga", concluiu a Fiocruz.

CYR // JMC

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