O PSD venceu sempre as legislativas nacionais pelo círculo da Madeira, com o PS a ser o segundo partido mais votado, e na maioria dos atos eleitorais apenas estes dois partidos elegeram deputados à Assembleia da República.

Desde 1976 que o PSD/Madeira, à semelhança do que tem acontecido nas legislativas regionais, ganhou as eleições nacionais no arquipélago, embora já tenha tido uma diferença maior de deputados em relação ao PS/Madeira na Assembleia da República do que atualmente.

Além de PS e PSD, conseguiram eleger para o hemiciclo nacional o CDS-PP (1976, 2009 e 2011), o BE (2015) e o Chega (2024).

Nas legislativas de 1976, foram atribuídos seis lugares ao círculo da Madeira, mas nos seguintes sufrágios, até 2002, a região elegeu cinco, número que voltou aos seis em 2005 e se mantém até hoje.

Em 1976, o então designado círculo do Funchal elegeu quatro deputados social-democratas, um do PS e um do CDS.

Nos seis sufrágios seguintes, entre 1979 e 1991, o PSD conseguiu eleger sempre quatro deputados e o PS um. Depois, chegaram a ficar com diferença de apenas um deputado e, em 2005, ano em que o círculo voltou a ter seis deputados, PSD e PS ficaram pela primeira vez representados por três parlamentares cada, ainda assim com os social-democratas a obterem mais votos.

Em 2009 e em 2011, o parlamento voltou a ter quatro deputados do PSD, um do PS e um do CDS pela região autónoma. Entretanto, em 2015, o BE/Madeira elegeu pela primeira e única vez em legislativas nacionais, o CDS perdeu o deputado que tinha, o PSD também perdeu um e o PS passou a ter dois eleitos.

Em 2019 e em 2022, PS e PSD elegeram três deputados cada, mas com o PSD a ser sempre o partido mais votado, e, atualmente, após as eleições antecipadas do ano passado, os social-democratas têm três deputados, o PS dois e o Chega um.

Depois de em 2019 o PSD ter perdido a maioria absoluta pela primeira vez nas regionais e ter firmado acordos com o CDS-PP, as duas estruturas regionais têm concorrido em coligação à Assembleia da República desde 2022.

Dezasseis candidaturas, menos uma face às legislativas do ano passado, disputam este círculo em 18 de maio, com a coligação a apostar no deputado Pedro Coelho (ex-presidente do município de Câmara de Lobos) e o PS no presidente da Câmara do Porto Moniz, Emanuel Câmara (antigo presidente da estrutura regional do partido).

O JPP, que nunca conseguiu eleger deputados à Assembleia da República, aposta pela segunda vez no presidente da Câmara de Santa Cruz, Filipe Sousa, um dos fundadores deste partido que começou como movimento de cidadãos e governa o concelho desde 2013.

O Chega repete o candidato eleito no ano passado, Francisco Gomes, que já foi deputado do PSD no parlamento madeirense, na Assembleia da República e na Assembleia Municipal do Funchal.

O BE tem como cabeça de lista o estudante e ativista Diogo Teixeira, a CDU (que junta PCP e PEV) Herlanda Amado, deputada municipal no Funchal, e o PAN aposta no técnico superior Válter Ramos, que fez parte do gabinete do partido na Assembleia Legislativa Regional.

Candidatam-se ainda a IL, com João Corte Fernandes em primeiro na lista, o PTP, com Edgar Silva, o ADN, com João Abreu, e o Livre, com Marta Sofia. O MPT apresenta Ricardo Camacho, o Ergue-te António Álvaro Araújo, a Nova Direita Paulo Azevedo, o PPM Luís Ornelas e o RIR Joana Mendes.

Nestas legislativas antecipadas estão inscritos 255.796 eleitores da Madeira, um aumento em relação a 2024 (254.553).