"A Rússia deve dizer muito claramente se quer a paz ou não, se quer acabar com esta guerra que começou ou não", comentou Yermak aos jornalistas à margem das conversações com a delegação norte-americana em Jeddah, na Arábia Saudita.

"Hoje mostrámos ao mundo inteiro que queremos a paz", acrescentou o chefe de gabinete do Presidente Volodymyr Zelensky sobre este acordo para o fim do conflito na Ucrânia, iniciado pela invasão russa em fevereiro de 2022.

A Ucrânia aceitou uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia, ao mesmo tempo que Washington concorda levantar a suspensão da ajuda militar a Kiev, segundo uma declaração conjunta hoje divulgada.

O texto refere que os Estados Unidos comunicarão às autoridades de Moscovo "que a reciprocidade russa é fundamental para alcançar a paz".

O entendimento prevê igualmente o levantamento da suspensão da partilha de dados dos serviços de informação norte-americanos com as autoridades ucranianas.

A declaração conjunta destaca a importância de se tomar, durante o cessar-fogo proposto, medidas humanitárias como "a troca de prisioneiros de guerra, a libertação de civis detidos e o regresso de crianças ucranianas transferidas à força" para territórios sob controlo russo ou para a Federação Russa.

Ambas as delegações concordaram também em nomear as respetivas equipas de negociação para um processo de paz com a Rússia.

Após o diálogo das delegações dos Estados Unidos e da Ucrânia, as partes também se comprometeram a chegar "o mais depressa possível" a um acordo sobre "exploração conjunta dos recursos minerais ucranianos".

O documento assinala ainda que a Ucrânia pediu na reunião que a Europa seja incluída no processo de paz.

O chefe da diplomacia de Washington, Marco Rubio, disse que a Ucrânia aceitou iniciar "negociações imediatas" com a Rússia e indicou que a proposta de acordo será agora partilhada com Moscovo.

A Rússia ainda não se pronunciou sobre este acordo.

HB // APN

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