A Agência Nacional de Notícias do Líbano (NNA) informou sobre grandes deslocações de pessoas que estão a ocorrer em Baalbek e cidades como Dorris e Ain Bourdai em direção às estradas Baalbek-Zahle e Baalbek-Deir al-Ahmar-Ainata-Al-Arz, a norte.

Através da rede social X (antigo Twitter), o porta-voz militar do exército israelita, Avichay Adraee, emitiu um "aviso urgente aos habitantes de Baalbek, Ain Bourdai e Dorris" para que abandonassem "imediatamente as suas casas" e saíssem das cidades e aldeias.

"As FDI (Forças de Defesa de Israel) atuarão em força contra os ativos do Hezbollah", indicou o porta-voz militar num vídeo publicado na rede social, no qual também garante que os militares israelitas "não têm a intenção" de maltratar a população que saía dessa zona.

A agência noticiosa NNA não publicou mais pormenores sobre o número de pessoas em fuga, mas relatou "cenas de confusão sobre o que os deslocados poderão estar a transportar".

O fogo cruzado fronteiriço entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel, iniciado em 08 de outubro de 2023, evoluiu nas últimas semanas para uma situação de guerra, com bombardeamentos constantes das forças israelitas, que também têm efetuado incursões terrestres.

Os ataques israelitas mataram dirigentes de topo do Hezbollah e têm provocado a fuga de dezenas de milhares de pessoas, tanto para outras zonas do Líbano como para a Síria. Os números citados pelas agências internacionais apontam para mais de 1,2 milhões de deslocados.

Mais de 2.700 pessoas foram mortas no Líbano por ataques israelitas desde outubro de 2023, principalmente desde 23 de setembro deste ano quando se iniciaram os bombardeamentos de Israel contra o sul e o leste do país e Beirute, a capital libanesa.

O Hezbollah iniciou ataques contra o norte de Israel a partir do sul do Líbano em apoio ao Hamas, um dia depois de um ataque do grupo extremista palestiniano ter desencadeado uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

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