
A polícia japonesa deteve esta quinta-feira um homem na cidade de Osaka que atropelou sete crianças em idade escolar, noticiaram os maios de comunicação social locais.
As crianças, que regressavam da escola, ficaram feridas e foram levadas para o hospital, mas todas estavam conscientes, segundo a emissora pública NHK e outros meios de comunicação social.
Tentou matar as crianças por estar “farto de tudo"
O incidente ocorreu cerca das 13:35 locais (05:35 em Lisboa), segundo a agência de notícias japonesa Kyodo. O detido, residente em Tóquio, é um desempregado de 28 anos que admitiu à polícia que tentou matar os alunos por estar "farto de tudo", noticiou a Kyodo.
O carro estava a ziguezaguear quando atingiu as crianças, disse uma testemunha à Nippon TV. De acordo com o Conselho Municipal de Educação de Osaka, as vítimas são quatro rapazes e uma rapariga do segundo ano e dois rapazes do terceiro ano.
As aulas tinham terminado e as crianças estavam a caminho de casa depois de terem almoçado. Uma das raparigas estava "coberta de sangue e as outras crianças apresentavam o que pareciam ser arranhões", segundo uma fonte citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Condutor usava "máscara cirúrgica e parecia estar em estado de choque"
O condutor "estava a usar uma máscara cirúrgica e parecia estar em estado de choque" depois de ter sido retirado do veículo pelos professores, disse uma testemunha à Nippon TV. O incidente ocorreu numa zona residencial, acrescentou a Kyoto.Os crimes violentos são raros no Japão, mas ocorrem crimes chocantes.
Em 2008, Tomohiro Kato, 25 anos, conduziu um camião de duas toneladas contra transeuntes no bairro de Akihabara, em Tóquio, em plena luz do dia. Depois de sair do veículo, esfaqueou aleatoriamente pessoas na rua com uma lâmina de dois gumes, matando sete e ferindo 10.
"Vim para Akihabara para matar pessoas. Não importa quem eu matei", disse à polícia na altura. Kato foi posteriormente condenado à morte e enforcado em 2022.
O Japão e os Estados Unidos são os dois únicos membros do G7 que mantêm a pena de morte e a prática goza de um apoio público generalizado, segundo a AFP.