Num comunicado hoje divulgado, a PJ explica que o homem se dedicava à falsificação e comercialização de pinturas de artistas plásticos de renome há pelo menos dois anos, fazendo-se passar por médico para ganhar a confiança e credibilidade dos potenciais clientes.

A investigação, conduzida pela Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, conseguiu apurar que com o 'modus operandi' utilizado o homem, de 56 anos, terá lesado as vítimas em valores que ascendem as centenas de milhares de euros.

Durante as diligências realizadas no âmbito da operação denominada Tinta Fresca, a PJ localizou um espaço comercial, em Lisboa, que o suspeito utilizava como "atelier", onde foram encontradas e apreendidas mais de duas dezenas de pinturas e esboços com assinaturas de artistas plásticos de renome como Paula Rego, Júlio Resende, Malangatana, Cargaleiro, Cesariny, Cruzeiro Seixas e Cutileiro.

As obras apresentavam "claros indícios de terem sido falsificadas" pelo detido, que tentava imitar o estilo de pintura e respetivas assinaturas dos artistas.

Foi ainda apreendido material de pintura que a PJ acredita ter sido utilizado nas falsificações.

O detido foi presente a primeiro interrogatório judicial e ficou obrigado a apresentar-se todas as semanas às autoridades e a pagar uma caução de cinco mil euros.

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Lusa/fim