Uma semana depois do triplo homicídio numa barbearia no Bairro do Vale, em Lisboa, a Polícia Judiciária (PJ) informa esta quarta-feira que deteve no Pinhal Novo, o principal suspeito do triplo homicídio, Fernando Silva.
“Desde o primeiro momento em que os factos foram comunicados”, a Judiciária desencadeou-se um trabalho incessante de investigação e de recolha de informação, que conduziu à localização do suspeito", lê-se no comunicado.
A PJ contou com "o apoio de familiares", como adiantou precisamente esta quarta-feira o semanário Expresso, para localizar o agressor de 33 anos.
A identidade do principal suspeito não é revelada no comunicado da Judiciária, mas tratar-se-á de Fernando Silva que na tarde do passado dia 2 de outubro foi até à barbearia de Carlos Pina.
Uma alegada recusa do barbeiro em atender naquele momento o principal suspeito terminou com disparos, três mortos, e a fuga do suspeito - alegadamente com a ajuda de dois familiares, o pai e o irmão, em direção à estação de Santa Apolónia.
Desde o primeiro momento, a brigada de homicídios da Polícia Judiciária montou uma operação de busca que terminou esta quarta-feira com a detenção do suspeito do triplo homicída.
“O detido vai ser presente, amanhã, [dia 10 de outubro] ao Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação”, conclui a PJ.
O suspeito e as três vítimas
Vivia com os familiares num prédio e era acompanhado no Hospital Júlio de Matos devido a uma perturbação psicótica. Segundo o semanário Expresso, Fernando teria um longo histórico criminal relacionado com o tráfico de droga, em conjunto com o pai.
O barbeiro Carlos Pina também já tinha, no ano passado, sido detido por tráfico de estupefacientes e posse de arma proibida.
No caso do casal assassinado à porta da barbearia, ainda há dúvidas sobre o que os levou ao local. Bruno Neto, que concorreu à Assembleia Municipal de Alenquer nas listas do partido Chega há três anos, estaria no bairro apenas para lavar o táxi. A mulher, Fernanda Soares, de 34 anos, estava grávida. O casal tinha uma filha em comum.
Este crime obrigou a um reforço de patrulhamento no Bairro do Vale devido à revolta da população e às ameaças de um acerto de contas após o crime.
