O ministro da Saúde e Cuidados Infantis do Zimbabué, Douglas Mombeshora, referiu hoje que só na capital, Harare, foram registadas 111 mortes neonatais e 19 mortes de mulheres.

"A falta de equipamentos modernos, somada à falta de pessoal médico experiente e de medicamentos para administrar aos pacientes, está a afetar tremendamente o nosso setor da saúde, resultando em mortes desnecessárias", disse Mombeshora à agência noticiosa EFE.

O ministro acrescentou que as mortes maternas também foram causadas por complicações cirúrgicas e outros problemas de saúde subjacentes.

"Outras causas de morte foram as doenças hipertensivas [relacionadas com a tensão alta] e as suas complicações, incluindo a insuficiência renal, a hemorragia pós-parto e o aborto, o parto normal e também a cesariana", sendo que existem também casos de "condições subjacentes de VIH e diabetes", explicou.

"Das 300 mortes neonatais, a principal causa foi a dificuldade respiratória como complicação", acrescentou.

O sistema de saúde do Zimbabué tem vindo a deteriorar-se e o Governo da nação de 16,3 milhões de habitantes, segundo dados do Banco Mundial, tem sido criticado por negligenciar o setor.

A situação do país, vizinho de Moçambique, tem sido agravada pela partida de profissionais de saúde experientes para países europeus devido aos baixos salários.

 

NYC // JMC

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