Segundo o relatório divulgado pela plataforma de monitorização eleitoral Decide, que aponta dados dos três dias - 13, 14 e 15 de novembro -- da nova fase de protestos convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, sete mortes foram registadas na província de Nampula (norte), duas na Zambézia (centro), nove na província de Maputo (sul) e quatro na cidade capital.
Do total de 23 pessoas baleadas, 10 foram registadas em protestos em Nampula, três na Zambézia, outras três em Manica (centro), além de três em Maputo e mais quatro na cidade em Maputo, indica ainda a Organização Não-Governamental (ONG) moçambicana.
Aquela plataforma contabiliza ainda 80 detidos, 18 dos quais em Maputo (cidade e província), e 23 na Zambézia.
Moçambique viveu sexta-feira o terceiro dia da denominada "terceira fase" da quarta etapa de paralisações e manifestações de contestação dos resultados eleitorais convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que nega a vitória de Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), com 70,67% dos votos.
Já hoje, Venâncio Mondlane disse que vai divulgar na terça-feira uma nova fase de protestos, insistindo que os protestos são para manter "até que seja reposta a verdade eleitoral".
Segundo a CNE, Mondlane ficou em segundo lugar, com 20,32%, mas este afirmou não reconhecer os resultados, que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional, que não tem prazos para esse efeito e ainda está a analisar o contencioso.
Após protestos nas ruas que paralisaram o país nos dias 21, 24 e 25 de outubro, Mondlane convocou novamente a população para uma paralisação geral de sete dias, desde 31 de outubro, com protestos nacionais e uma manifestação concentrada em Maputo na quinta-feira, 07 de novembro, que provocou o caos na capital, com diversas barricadas, pneus em chamas e disparos de tiros e gás lacrimogéneo pela polícia, durante todo o dia, para dispersar.
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