O PCP condenou esta terça-feira a decisão da administração de Donald Trump de voltar a incluir Cuba na lista de "países patrocinadores de terrorismo" e pediu o fim "do criminoso e ilegal bloqueio económico" de Washington a Havana.

"O PCP condena veementemente a inaceitável decisão da administração Trump de voltar a incluir Cuba na arbitrária lista dos Estados Unidos da América de ditos 'países patrocinadores do terrorismo'", lê-se num comunicado divulgado hoje pelo PCP.

Para o partido, "Cuba nunca devia ter sido integrada nesta ilegítima lista, tanto mais quando são os EUA que há décadas promovem uma política de cariz terrorista contra o povo cubano e a sua revolução socialista".

"Ganha assim uma ainda maior importância a exigência do fim criminoso e ilegal bloqueio económico, comercial e financeiro, assim como de todas as outras medidas coercivas e com efeito extraterritorial impostas pelos EUA a Cuba, que visam atingir a sua economia e as condições de vida do seu povo", defendem.

O PCP saúda ainda "a justa e corajosa luta do povo cubano em defesa da sua soberania e direitos" e o "reiterado posicionamento de diversos países exigindo que os EUA respeitem os princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional".

"Reafirmando a condenação da ação de ingerência, desestabilização e agressão promovida pelos EUA contra Cuba, o PCP apela ao desenvolvimento da solidariedade com o povo cubano que, como todos os povos do mundo, tem o direito a decidir soberanamente o seu caminho de desenvolvimento e de progresso social", lê-se.

Em 14 de janeiro, a administração do ex-presidente Joe Biden anunciou que retiraria Cuba da listagem de países patrocinadores do terrorismo, na qual o país estava incluído desde 12 de fevereiro de 2021.

Em 20 de janeiro, no próprio dia da sua tomada de posse como 47º Presidente dos Estados Unidos, Trump revogou a decisão e anunciou que voltaria a incluir Cuba nessa lista.