O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, comentou assim na quarta-feira a reivindicação feita pelo presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abas, sobre o controlo político da Faixa de Gaza e a necessidade de os islamitas palestinianos do Hamas deporem as armas e libertarem os 59 reféns israelitas que ainda têm em seu poder.

"A Autoridade Palestiniana é a autoridade que reconhecemos em todo o território palestiniano e queremos que os palestinianos possam escolher o seu próprio futuro", argumentou o responsável das Nações Unidas, defendendo ainda o restabelecimento do cessar-fogo em Gaza para permitir ajuda humanitária.

"Queremos a libertação dos reféns", além de uma "solução de dois Estados", que é a posição oficial da ONU, acrescentou.

Um dos temas mais sensíveis da guerra em Gaza é precisamente o período pós-guerra e quem assumirá o controlo do enclave após o final do conflito, iniciado em outubro de 2023.

Existem várias propostas divergentes provenientes do mundo árabe, de Israel ou da própria ONU.

Durante a sua conferência de imprensa diária, o porta-voz abordou também a crítica situação após os mais recentes ataques israelitas em Gaza, que já causaram 51.300 mortos, segundo as autoridades locais.

"É claro que não existe a ajuda humanitária de que precisamos: não há equipamento suficiente, não há combustível suficiente para operar o equipamento disponível, e é extremamente difícil tentar encontrar as pessoas que esperamos que tenham sobrevivido nessas condições", lamentou.

O ataque de 07 de outubro de 2024 do Hamas provocou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns, segundo Telavive.

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