A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o sismo em Myanmar, que matou quase 1.700 pessoas, no nível mais alto de emergência e lançou um pedido urgente de fundos para salvar vidas e prevenir epidemias.

"Avaliações preliminares indicam um elevado número de vítimas e feridos com traumatismos, com necessidades urgentes de cuidados de emergência", disse a OMS num comunicado, acrescentando que "classificou esta crise como uma emergência de nível 3 -- o nível mais alto de ativação do seu programa de resposta a emergências".

A OMS fez um apelo para reunir oito milhões de dólares (cerca de 7,4 milhões de euros), para conseguir satisfazer as necessidades imediatas de saúde, "a fim de salvar vidas, prevenir doenças e estabilizar e restaurar serviços essenciais de saúde".

Em Myanmar, "o fornecimento de eletricidade e água continua interrompido, complicando o acesso aos serviços de saúde e aumentando o risco de surtos de doenças transmitidas por água e alimentos", acrescentou a organização.

"Lesões relacionadas com traumas, incluindo fraturas, feridas abertas e esmagamento, representam um alto risco de infeção e complicações devido à capacidade cirúrgica limitada e medidas inadequadas de prevenção e controle de infeções", referiu no comunicado.

A junta militar que desde o golpe de Estado de 2021 detém o poder em Myanmar (nome oficial da antiga Birmânia) avançou no sábado que o terramoto terá provocado 1.644 mortos, 3.408 feridos e 139 desaparecidos.

O sismo de magnitude 7,7 na escala de Richter foi registado às 06:20 (hora de Lisboa) de sexta-feira e provocou o colapso de vários edifícios e monumentos em Myanmar, no Sudeste Asiático.

Devido ao abalo, pelo menos 18 pessoas morreram, outras 33 ficaram feridas e 78 estão desaparecidas em Banguecoque, na Tailândia, segundo o balanço mais recente das autoridades locais, divulgado hoje.