
Chega aos Óscares como um dos favoritos à vitória. Adrien Brody, o protagonista de “O Brutalista” não é um novato nestas andanças. Em 2003, pelo papel em “O Pianista” levou para casa a estatueta dourada e tornou-se no artista mais novo a conquistar o prémio de melhor ator.
Nasceu em Nova Iorque, no Queens, e desde cedo que começou a ter aulas de teatro. Chegou a estudar na Stony Brook University em Long Island, mas rapidamente começou a trabalhar com grandes realizadores como Francis Ford Coppola (“New York Stories”) e Steven Soderbergh (“King of the Hill”).
A temporada dos 20 foi passada a trabalhar e eventualmente acabou por chegar a um dos mais importantes papéis da sua carreira.
"O pianista": o primeiro grande papel
Em 2002, mergulha na vida de Wladyslaw Szpilman, um pianista judeu-polaco que trabalhava numa rádio em Varsóvia quando começou a Segunda Guerra Mundial. O ator imergiu no papel de tal maneira que perdeu cerca de 30 quilos e passou quatro horas por dia a aprender a tocar piano.
Decidiu, ainda, isolar-se do mundo. Saiu de casa, deixou de ter telemóveis e partiu para a Europa com apenas duas malas. Uma ação que o fez, depois, passar vários meses a tentar readaptar-se novamente à vida antiga enquanto lutava contra distúrbios alimentares.
O filme foi premiado internacionalmente, conquistado três Óscares - melhor realizador, melhor ator e melhor roteiro adaptado-, dois BAFTAS - melhor filme e melhor realizador - e ainda a Palma de Ouro em Cannes.
Seguiram-se vários outros projetos, entre eles “King Kong” (2005), “Cadillac Records” (2008) e “Meia-noite em Paris” (2011). Em 2014, participou em “Grande Budapeste Hotel” e “Houdini”.
O grande regresso com "O Brutalista"
Volta este ano às premiações internacionais, com “O Brutalista” e segue com destaque na corrida aos Óscares com 10 nomeações. Mas, para trás, já ficaram várias subidas ao palco para agradecer a atribuição de prémios. Na prateleira já consta o Globo de Ouro, o BAFTA e o Critic’s Choice Awards.
- Realizador de “O Brutalista” esteve à conversa com a SIC: “Precisava de ser exagerado”
- "O Brutalista": realizador recebeu "zero dólares" pelo filme, mas as finanças aguentam-se graças a Portugal
“O Brutalista” estreou em 2024 no Festival de Veneza, onde Brady Corbet recebeu o Leão de Prata por melhor direção. Foi aclamado pela crítica e eleito pelo American Film Institute como um dos dez melhores do ano passado.
No filme Brody interpreta László Tóth, um arquiteto judeu, nascido na Hungria, que consegue sobreviver ao Holocausto e emigra para os Estados Unidos, em 1947, para escapar à pobreza. Aí tenta singrar até que, ao conhecer um cliente rico, a sua vida muda para sempre.