Olisipo nunca foi capital para o Império Romano: a capital da Lusitânia ficava na interior da Península Ibérica, em Emerita Augusta, atual Mérida, nas margens do rio Guadiana. Mas os lisboetas de então gozavam de um raro privilégio no Império Romano: o de serem considerados cidadãos romano de pleno direito.
Não era capital mas Olisipo tinha muitos dos monumentos de uma cidade romana: termas, teatro, hipódromo e muito provavelmente, nas imediações de Alfama, um anfiteatro semelhante ao coliseu de Roma (com gladiadores e tudo) se bem que à escala de uma cidade situado nos confins do império…
Roma caiu e muitos monumentos de Olisipo foram desmontados com a sua pedra reaproveitada pela população para novas construções. A sua localização perdeu-se nas memória dos tempos -- em alguns por mais mais de um milénio – até ser abruptamente revelada pelo terramoto de 1755 ou pelas obras de reconstrução de Lisboa. Mas os ziguezagues da História de Portugal determinaram que aos poucos, tudo voltasse a cair no esquecimento.
Foram os dias de hoje, de curiosidade científica, de leis democráticas do património e obras de uma cidade em constante mutação, que ajudaram a pôr à vista de todos, o passado milenar da Lisboa Romana. Mas nem sismos, incêndios ou voragens imobiliária trouxeram de novo à luz do dia o monumento mais importante de todos: o centro do poder e do negócio, do culto e a da vida cívica de qualquer cidade do império. Hoje nas Histórias de Lisboa seguimos em busca do fórum romano de Olisipo
No episódio desta semana, o jornalista Miguel Franco de Andrade conversa com o professor Carlos Fabião, sobre como era a cidade de Lisboa no tempo dos romanos. Oiça aqui a entrevista
Histórias de Lisboa é um podcast semanal do jornalista da SIC Miguel Franco de Andrade com sonoplastia de Salomé Rita e genérico de Nuno Rosa e Maria Antónia Mendes.
A capa é de Tiago Pereira Santos em azulejo da cozinha do Museu da Cidade - Palácio Pimenta.
Ouça aqui as ‘Histórias de Lisboa’: