
O presidente do Conselho Europeu considerou esta quarta-feira que a aprovação do mais recente pacote de sanções contra a Rússia é um "acordo importante" e demonstra o apoio à população ucraniana. Já a presidente da Comissão Europeia garantiu que o bloco comunitário vai "continuar a pressionar o Kremlin" e que o novo pacote de sanções vai "restringir ainda mais o acesso à tecnologia no campo de batalha".
"Foi alcançado um acordo importante hoje pelos embaixadores [dos países] da União Europeia (UE) sobre o 17.º pacote de sanções contra a Rússia , incluindo medidas para contrariar a 'frota fantasma' da Rússia", escreveu o português António Costa nas redes sociais.
"É um sinal forte que a UE está a dar de que vai continuar a apoiar a população da Ucrânia", completou o ex-primeiro-ministro português.
Ursula von der Leyen diz que UE vai continuar a sancionar o Kremlin
A presidente da Comissão Europeia garantiu que o bloco comunitário vai "continuar a pressionar o Kremlin" e que a aprovação do 17.º pacote de sanções vai "restringir ainda mais o acesso à tecnologia no campo de batalha".
"Recebo com agrado o acordo sobre o nosso 17.º pacote de sanções contra a Rússia. Vamos restringir ainda mais o acesso à tecnologia no campo de batalha", escreveu Ursula von der Leyen nas redes sociais.
A presidente do executivo comunitário acrescentou que há mais 189 embarcações da apelidada "frota fantasma" russa para coatar as exportações energéticas da Rússia.
"Esta guerra tem de acabar, vamos continuar a pressionar o Kremlin", completou Ursula von der Leyen.
Já a Alta-Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, disse que o novo pacote de sanções "aumentava a pressão" contra o regime de Vladimir Putin: "As sanções drenam o baú de guerra da Rússia."
17.º pacote de sanções comunitárias à Rússia
Os embaixadores dos Estados-membros junto da UE aprovaram esta quarta-feira o 17.º pacote de sanções comunitárias à Rússia pela invasão da Ucrânia, três meses após um outro, visando enfraquecer a economia russa e o financiamento da guerra.
Fontes europeias avançaram à agência Lusa que a 'luz verde' política aconteceu na reunião desta manhã dos embaixadores junto da UE, em Bruxelas, estando prevista uma aprovação oficial na reunião dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros, na próxima terça-feira.
Este novo conjunto de medidas restritivas surge três meses após 16.º pacote de sanções -- que foi aprovado aquando do terceiro aniversário da guerra da Ucrânia -- e volta a abranger navios da frota fantasma, com os quais o regime russo tentava contornar as restrições ocidentais ao comércio de petróleo, reforçando o combate à evasão ao embargo aplicado à Rússia.
Surgem ainda novas restrições a mais indivíduos e entidades, adiantaram as fontes europeias à Lusa.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a UE tem avançado com pesadas sanções contra a Rússia, nomeadamente económicas ou diplomáticas, visando 2.400 pessoas e entidades, entre os quais o Presidente russo, Vladimir Putin e o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Sergey Lavrov.
Em causa está a proibição de viajar para a UE, o congelamento de bens e a indisponibilidade de acesso a fundos que provenham do espaço comunitário.
Avançou-se também para o congelamento de bens, num total de 24,9 mil milhões de euros de bens privados congelados no espaço comunitário e de 210 mil milhões de euros de bens do Banco Central da Rússia bloqueados.
Ao nível comercial, as medidas restritivas europeias visam 48 mil milhões de euros em exportações proibidas para a Rússia e 91,2 mil milhões de euros em importações proibidas provenientes da Rússia.
A Ucrânia tem também contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
O conflito de três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.
Com Lusa.