O candidato presidencial Luís Marques Mendes afirma que uma nova crise política faria Portugal entrar no Guinness como um caso único de irresponsabilidade.

Em entrevista ao Diário de Notícias, Marques Mendes diz que uma nova crise em Portugal, numa altura em que “o mundo está perigoso e desregulado”, seria “imperdoável”.

As declarações surgem depois das reações dos partidos à declaração do primeiro-ministro sobre o caso da empresa da família.

Para o candidato às presidenciais, que tem o apoio de Luís Montenegro e do PSD, o país precisa de estabilidade política pelo menos até à conclusão do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), em 2026.

Além disto, Marques Mendes defende que o país precisa de um Governo “que governe com dinâmica e eficácia” e de uma oposição que “fiscaliza com firmeza, espírito construtivo e responsabilidade”.

Em causa está o caso que envolve o primeiro-ministro Luís Montenegro e a empresa da família. Na sexta-feira, o Expresso avançou que o grupo de casinos e hotéis Solverde, sediado em Espinho, paga à Spinumviva uma avença mensal de 4500 euros.

Na sequência desta notícia, o PCP anunciou a apresentação de uma moção de censura ao Governo. No sábado, Montenegro anunciou que, apesar de não ter cometido "nenhum crime", a gestão da empresa familiar será entregue aos filhos, com a saída da esposa e a mudança de sede.

Marques Mendes já tem equipa para os debates "Causas da Presidência"

Luís Marques Mendes vai organizar debates, abertos à sociedade civil, sobre 12 das principais causas que o levaram a candidatar-se à Presidência da República. Com o título “Causas da Presidência”, esta ação pré-campanha vai decorrer entre março e julho e terá um coordenador-geral. Cada uma das 12 causas terá um coordenador específico, que irá escolher os restantes participantes e relatar as conclusões do debate.

No final dos 12 encontros, está prevista uma convenção, que deverá acontecer em julho, e poderá ser considerado o primeiro comício pré-campanha de Luís Marques Mendes.

O Expresso avança esta segunda-feira com os nomes escolhidos para dirigir estes debates: Miguel Poiares Maduro será o coordenador-geral, e Gonçalo Saraiva Matias, Isabel Jonet ou António Fontainhas Fernandes serão alguns dos coordenadores para áreas específicas.