"A NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) permanece vigilante e trabalha para continuar a prestar apoio, reforçando inclusive a sua presença militar no Mar Báltico", disse hoje à agência EFE um porta-voz da Aliança, sem especificar em que consistirá o aumento de tropas na região.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, tinha anunciado na sexta-feira, nas suas redes sociais, que este organismo irá aumentar a sua presença militar no Mar Báltico, depois de ter conversado com o Presidente finlandês, Alexander Stubb, cujo país aderiu à organização em 2023.
A Finlândia e a Estónia, os dois países mais afetados pela rutura esta semana de vários cabos elétricos e de telecomunicações submarinos, pediram esta sexta-feira à NATO que aumente a sua presença militar na região do Báltico, especialmente em torno de infraestruturas críticas.
A NATO reiterou hoje total apoio aos dois países na sua investigação sobre esta "possível sabotagem".
"A NATO apoia totalmente a Estónia e a Finlândia na sua investigação sobre uma possível sabotagem de cabos submarinos no Mar Báltico e na adoção de medidas para proteger infra-estruturas críticas", disse à EFE o porta-voz.
No últimos 12 meses foram registadas avarias misteriosas num gasoduto e em vários cabos submarinos, as quais ainda estão a ser investigados. Um episódio semelhante, ocorrido na passada quarta-feira, desencadeou o envio de forças especiais finlandesas que abordaram o petroleiro Eagle S em águas internacionais e o forçaram a ancorar em águas deste país.
Segundo as autoridades do país nórdico, este navio, registado nas Ilhas Cook e que fazia a travessia entre a Rússia e o Egito, é suspeito de ter danificado o cabo elétrico subaquático Estlink 2 entre a Finlândia e a Estónia e quatro cabos de telecomunicações próximos.
A Comissão Europeia e a Alta Representante para a Política Externa da União Europeia, Kaja Kallas, condenaram, numa declaração conjunta a "destruição deliberada" de infraestruturas críticas na Europa.
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