"A guerra ilegal na Ucrânia ameaça-nos a todos. (...) Estes últimos desenvolvimentos podem destabilizar a península coreana e até ameaçar os Estados Unidos da América", disse Mark Rutte, em conferência de imprensa no final de uma reunião ministerial no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, Bélgica.
O ex-primeiro-ministro dos Países Baixos acrescentou que há evidências de um "alinhamento cada vez maior" entre a Rússia, China, Coreia do Norte e Irão, nomeadamente ao nível do conflito na Ucrânia, e que parte desse alinhamento passa pelo apoio do Kremlin (presidência russa) ao programa nuclear norte-coreano.
A "moeda de troca" deste apoio russo são os soldados norte-coreanos enviados para a Rússia, nomeadamente para a região fronteiriça de Kursk, onde as forças ucranianas ocupam algumas zonas.
As declarações de Rutte, na terça-feira e hoje após uma reunião dos chefes da diplomacia da Aliança Atlântica, estão a ser interpretadas como um esforço da NATO de tentar convencer o Presidente eleito dos Estados Unidos da América, o republicano Donald Trump, da necessidade de continuar a apoiar a Ucrânia.
Crítico da NATO, nomeadamente daquilo que considera ser um peso desigual de Washington em comparação com os outros países do bloco político-militar, Trump também já expressou reservas em relação ao apoio prestado à Ucrânia.
Durante a campanha eleitoral para as presidenciais norte-americanas, o antigo presidente norte-americano (2017-2021), que em janeiro vai voltar à Casa Branca, prometeu acabar com a guerra na Ucrânia "em 24 horas", mas não disse como tencionava atingir esse objetivo.
Também é conhecida a proximidade entre Donald Trump e o Presidente russo, Vladimir Putin.
A Coreia do Norte enviou entre 10.000 e 12.000 soldados para a Rússia, para ajudar Moscovo na sua guerra contra a Ucrânia, passo que foi classificado pelo Ocidente como uma "grande escalada" do conflito.
A China, por seu lado, é acusada de ajudar Moscovo a contornar as sanções ocidentais e é suspeita de enviar 'drones' para a Rússia.
O Irão também é acusado de fornecer 'drones' e mísseis às forças russas.
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