
À frente da Câmara Municipal da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento despediu-se hoje, durante a cerimónia do Dia do Concelho, com um discurso marcado pela emoção, pela gratidão e por um apelo claro à responsabilidade no futuro do concelho.
”Hoje saio com a consciência tranquila. Não porque fiz tudo. Mas porque dei tudo”, afirmou o autarca perante uma plateia de convidados e onde na mesa de honra estava o presidente do Governo Regional, num momento de balanço e de entrega. Admitindo erros e desafios enfrentados, sublinhou que nunca lhe faltaram esforço, entrega ou coragem. “Sempre tentei fazer o melhor que sabia, com verdade, com entrega e com coragem”, acrescentou.
Ricardo Nascimento destacou o caminho percorrido ao longo de doze anos, realçando que a Ribeira Brava é hoje “um concelho mais justo, mais preparado, mais orgulhoso de si”. Reconheceu, no entanto, que o trabalho nunca está concluído e que haverá sempre “mais por fazer, mais por melhorar, mais por ousar”.
Na segunda metade do discurso, o presidente deixou uma última reflexão sobre o momento que se aproxima: a escolha de quem lhe sucederá. “O futuro constrói-se todos os dias, sim, todos os dias, mas há momentos que definem a direcção que queremos seguir. Momentos em que não escolhemos apenas pessoas, mas valores”, afirmou.
Apelou a que esse momento seja vivido com “consciência e sentido de responsabilidade”, e que se valorize quem saiba “ouvir com atenção, decidir com equilíbrio e colocar o bem comum acima de qualquer agenda pessoal”.
Citou ainda uma frase que o acompanhou ao longo da vida política: “A esperança não é a convicção de que algo vai correr bem, mas a certeza de que algo faz sentido, aconteça o que acontecer.” Uma ideia que, segundo disse, traduz o que deseja para a Ribeira Brava: que continue a ser conduzida com “esperança e com responsabilidade”.
Na despedida do cargo, garantiu que continuará presente e envolvido com a sua terra. “Continuarei por cá. Continuarei a amar esta terra com a mesma intensidade. Continuarei a defender o que é justo. O cargo muda, mas o coração não”.