Os dias maiores e mais quentes já convidam a banhos. E isso está a preocupar a Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores que, num comunicado divulgado esta quarta-feira, alerta para o “elevado risco de afogamento” nas praias portuguesas.

“A maioria destas praias encontra-se ainda sem qualquer tipo de assistência a banhistas, numa altura em que o mar se apresenta alterado e perigoso”, adverte a Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores.

Nas últimas horas, acrescenta a mesma entidade, “dezenas de salvamentos foram realizados por populares ou nadadores-salvadores, mas infelizmente uma vida perdeu-se”.

Entre os principais fatores que contribuem para o elevado risco de afogamento, a Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores destaca as “temperaturas elevadas que atraem mais pessoas às praias”, a “ausência generalizada de nadadores-salvadores nesta época do ano”, assim como o “mar alterado, com correntes e agitação pouco visíveis para os leigos” e a “fraca cultura de segurança aquática da população portuguesa, que não reconhece os perigos nem adota comportamentos de análise e prevenção de risco”.

De acordo com dados do Observatório do Afogamento, em 2024 registaram-se 26 mortes por afogamento no mês de abril, acima dos 16 contabilizados em 2023.

Verifica-se, aliás, uma tendência crescente que torna os meses de abril e maio nos mais letais dos últimos anos em Portugal no que respeita ao afogamento”, realça a Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores.

A entidade propõe “formação em segurança aquática para toda a população”, além do “reforço do investimento público em campanhas de prevenção e na vigilância ao longo de todo o ano”.