Roberta Flack morreu, esta segunda-feira, aos 88 anos. A notícia foi avançada pela representante da cantora norte-americana. A causa da morte da cantora não foi divulgada, mas Roberta Flack tinha sido diagnosticada com esclerose lateral amiotrófica em 2022. Tinha também sofrido um acidente vascular cerebral, já há vários anos.

“É com o coração partido que anunciamos que a gloriosa Roberta Flack faleceu esta manhã. Morreu pacificamente, rodeada pela família", foi anunciado, esta tarde, em comunicado.

Os representantes de Roberta Flack descrevem-na, nesta nota de despedida, como um ícone que “quebrou barreiras e recordes”, além de uma “orgulhosa educadora”.

Nascida em 1937, em Black Mountain, no estado norte-americano da Carolina do Norte, Roberta Flack cresceu numa família de músicos e mostrou talento musical desde cedo.

Lançou-se na carreira de cantora enquanto dava aulas como professora. Foi em 1969 que gravou o primeiro disco. Alcançaria o sucesso quando cantou “The First Time Ever I Saw Your Face”, um cover de Ewan MacColl, para a banda sonora de um filme de Clint Eastwood. Ganhou o Grammy com esse mesmo tema em 1973. Um prémio que repetiria no ano seguinte, com o êxito “Killing Me Softly With His Song. Foi a primeira artista a receber o prémio dois anos seguidos.

Regressaria ainda aos tops musicais com “Feel Like Makin’ Love", antes de formar dupla com o célebre músico de soul Donny Hathaway, alcançando mais uns quantos êxitos - até mesmo após a morte de Hathaway. Voltaria a cantar em dueto com outra voz do soul, Peabo Bryson, alcançando sucesso na década de 1980. A lista de colaborações estender-se-ia ainda a nomes como Michael Jackson.

Ao todo, foi nomeada 14 vezes para os prémios Grammy, tendo vencido quatro. Em 2020, recebeu o gramofone dourado pela sua carreira. Fica para a História como uma das maiores vozes do soul e do R&B.

[Notícia atualizada às 17h13]