Luís Montenegro falava no comício do Porto, no penúltimo dia de campanha da AD -- Coligação PSD/CDS-PP, numa aparente referência ao líder do Chega, André Ventura, que nos últimos dias já por duas vezes foi internado em hospitais públicos devido a problemas de saúde.

"A saúde é um setor sob grande pressão, é. Mas como, aliás, todos acabam por experimentar, mesmo aqueles que estão sempre a desdenhar do Serviço Nacional de Saúde, quando têm de recorrer a ele, acabam por perceber que há capacidade de resposta, há profissionalismo", disse.

O também primeiro-ministro admitiu que não existe neste setor a resposta desejada, mas defendeu que há "sinais de que as coisas estão a recuperar".

"Hoje, as consultas, as cirurgias, demoram menos tempo a ser marcadas. Hoje, em 2025, o tempo de espera nas urgências, de uma forma geral, é metade do que era em 2024. Eu sei que uma notícia com um episódio é capaz de anular esta avaliação, mas eu não tenho nenhum problema em dizê-lo, nenhum, em responder por isto", afirmou.

Num discurso de mais de meia hora, após a tradicional arruada de Santa Catarina, Montenegro passou em revista algumas decisões do Governo PSD/CDS-PP que liderou em áreas como educação, segurança ou imigração, mas também para os reformados e pensionistas, deixando neste ponto críticas implícitas ao seu principal adversário, o líder do PS, Pedro Nuno Santos.

"Há alguém que acredite naqueles que venham dizer que nós estamos contra a Segurança Social, que nós queremos fazer isto e aquilo à Segurança Social, que nós não cumpriremos a palavra com os reformados e os pensionistas?", criticou.

Para o líder do PSD, os que fazem estas críticas estão insatisfeitos por o Governo ter "cumprido a sua palavra".

"Eles pensavam que nós éramos como eles e que não cumpríamos aquilo que dizíamos?", acusou.

SMA // JPS

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