
"Eu sei que há tentativas de reeditar notícias antigas e requentadas. Eu estou muito à vontade muito tranquilo, cumpri sempre as minhas obrigações e também dei resposta às solicitações que me foram feitas", disse Luís Montenegro, durante uma visita à Better Tourism Lisbon Travel Market (BTL), em Lisboa.
O Expresso escreve hoje que uma inspetora da Polícia Judiciária escreveu a Luís Montenegro em 15 de julho de 2024 mostrando-se disponível para receber a "documentação pertinente" e sugerindo que o envio fosse feito em formato digital.
O semanário adianta que Luís Montenegro resppondeu sete dias depois garantindo que estava inocente de qualquer suspeita, que não teve acesso a benefício fiscal que não tivesse sido atribuído nos mesmos termos de qualquer cidadão e sempre "por intervenção e/ou decisão de autoridades competentes", ou seja a Câmara Municipal de Espinho e Autoridade Tributária.
"Embora tenha muita da documentação que sustenta a afirmação anterior, ninguém melhor do que essas entidades a pode facultar e explicar", respondeu o primeiro-ministro.
Questionado hoje sobre por que é que não entregou toda a documentação sobre a sua casa de Espinho, Luís Montenegro respondeu: "Eu entreguei toda a documentação que foi pedida, não vale a pena estarem a deturpar as coisas".
Luís Montenegro foi ainda questionado se está preocupado com o facto de a ex-eurodeputada socialista Ana Gomes ter feito uma queixa à Procuradoria Europeia sobre a Spinumviva, tendo respondido que não tem conhecimento dessa queixa e acrescentou que não tem razão de preocupação.
Interrogado se sentiu que Marcelo Rebelo de Sousa o responsabilizou pela crise, no seu discurso na quinta-feira, Montenegro respondeu que, nesta altura, o que é importante reter é que os portugueses vão ter "dois meses de apreciação das propostas políticas e dos líderes políticos que querem que sejam a matriz da governação nos próximos anos".
"O senhor Presidente da República identificou bem a questão política que suscitou a dissolução do parlamento e a marcação das eleições e transmitiu às portuguesas e aos portugueses os sentimento dele, da sua auscultação do Conselho de Estado e também dos partidos políticos", considerou.
Já questionado se concorda com o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, quando diz que, nas próximas legislativas, vai estar em causa a confiança nas lideranças dos dois maiores partidos, o primeiro-ministro respondeu: "Com certeza que sim".
"Para a liderança do Governo, estarão em causa dois projetos políticos, o projeto político do PS e o projeto político da Aliança Democrática (AD), e dois líderes políticos, o líder do PS e o líder da AD", disse.
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