"Assim se vê a força da AT", é das palavras de ordem mais gritadas enquanto passam a Rua Poiais de São Bento.
Os trabalhadores da AT estão hoje e manhã em greve, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), paralisação que está a levar ao fecho de dezenas dos serviços das Finanças por todo o país.
Para esta manifestação em Lisboa vieram autocarros com trabalhadores de todo o país.
Os trabalhadores reivindicam a valorização da carreira, a revisão da tabela salarial e condições de trabalho para combater a fraude e evasão fiscal.
Esta paralisação foi marcada em meados de outubro, durante uma reunião geral de trabalhadores, tendo o pré-aviso da greve para 19 e 20 de dezembro sido enviado na sequência da ausência de resposta do Governo às reivindicações.
Entre as exigências do STI estão um aumento adicional de 10% ao ano, a começar em 2025 e a terminar em 2027, de forma a compensar as perdas de poder de compra e alinhar com a valorização salarial de outras carreiras gerais que viram a sua tabela salarial revista em 2023 e progressões no máximo de seis em seis anos para que seja possível atingir o topo da carreira em 30 anos de trabalho.
O STI exige ainda a resolução imediata do problema dos colegas não licenciados, que seja conferida aos trabalhadores a "autoridade necessária" para desempenhar a sua missão ou ainda um "regime rigoroso" de admissões à AT e acesso exclusivo às funções tributárias e aduaneiras com base nas regras definidas no regime de carreiras em vigor.
IM (LT/PD) // JNM
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