Influentes membros da maçonaria vão criar um movimento de apoio ao Almirante Gouveia e Melo para a candidatura à Presidência da República. Conta, para já, com pelo menos 15 pessoas.

Encabeçado por dois antigos dirigentes maçónicos - José Manuel Anes e Paulo Noguês -, o "Movimento de Apoio do Almirante à Presidência" vai ser apresentado dia 13, ainda antes de se saber se Gouveia e Melo é ou não candidato a Belém.

À SIC, José Manuel Anes diz que o grupo foi criado sem o conhecimento do Almirante e afasta ligações de Gouveia e Melo à maçonaria.

“Alguns de nós somos maçons, outros não, mas o Almirante Gouveia e Melo não é maçon. Não quer dizer que seja contra. Nem é contra nem é a favor, é um homem livre”, afirmou, em entrevista à SIC Notícias.

José Manuel Anes esclarece que esta é uma iniciativa dos “amigos mais próximos” do Almirante, com quem “nem discutiram o timing”. Esperam, no entanto, que anuncie “em breve”, a decisão de concorrer.

Gouveia e Melo já passou à reserva

Gouveia e Melo queria permanecer no ativo até março à espera de passar à reserva. O Almirante tinha até já um gabinete escolhido onde iria trabalhar durante esses três meses. Mas, em meados de dezembro, mudou de ideias e decidiu passar já à reserva.

Na passada sexta-feira, o Presidente da República condecorou o Almirante, destacando o seu "toque pessoal" na chefia da Armada e salientando "as circunstâncias" que marcaram o seu percurso, como o papel no combate à pandemia.

Gouveia e Melo já prometeu "nunca mais falar da Marinha" após terminar 45 anos de funções militares e passar a uma "nova fase" da sua vida, sem nunca ter especificado qual será.

“A única coisa que vos posso dizer é que vou terminar 45 anos de serviço. É a altura de fechar um capítulo da minha vida e começar outro.”

Fontes dizem à SIC que em janeiro, Gouveia e Melo deve ficar a descansar mas a partir de fevereiro o caminho para Belém está aberto.