A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registou entre as 00h00 e as 16h00 de domingo 303 ocorrências relacionadas com o vento forte, sem vítimas, sendo a região de Coimbra a mais afetada.

Em declarações à agência Lusa, José Costa, oficial de operações da ANEPC, referiu que a maior parte das ocorrências verificadas foram quedas de árvores (158) e quedas de estruturas (126).

Às 16h17, segundo os dados recolhidos pelo Expresso, registavam-se 67 ocorrências, entre as quais 22 são quedas de árvores, sete queda de elementos de estruturas edificados, quatro corte ou remoção de elementos e dois queda de estruturas temporárias ou móveis.

"Nestas ocorrências foram empenhados 1.023 operacionais e 417 meios terrestres", adiantou.

De acordo com o responsável da ANEPC, a região de Coimbra foi a mais afetada do país, que registou, então, mais ocorrências na sequência dos ventos fortes (103), seguindo-se Área Metropolitana do Porto (48), Beiras e Serra da Estrela (28) e Leiria (27).

Na Área Metropolitana de Lisboa foram registadas 12 ocorrências, até às 16:00.

José Costa ressalvou ainda que não foram registados, até ao momento, feridos.

O norte e o centro de Portugal continental estão a ser atingidos entre hoje e segunda-feira por uma superfície frontal fria, que trará vento, chuva e agitação marítima, segundo divulgou na quinta-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A superfície frontal fria, que atravessa o território nacional entre o final de domingo e a manhã de segunda-feira, provocará o aumento da intensidade do vento, com rajadas que poderão atingir entre os 70 e os 80 quilómetros no litoral norte e centro e os 90 e 100 quilómetros nas terras altas.

Entre a tarde de domingo e a manhã de segunda-feira está prevista também precipitação forte, em especial no Minho e nas regiões montanhosas.

Em comunicado, o IPMA refere que a superfície frontal fria está associada à depressão “Bert” (nome atribuído pelo Serviço Meteorológico da Irlanda).