Queremos mais cana”. Afirma o secretário regional de Agricultura e Pescas, durante uma visita que realizou hoje à empresa Engenhos do Norte, onde acompanhou o processo de laboração da cana-de-açúcar.

Para a concretização deste objectivo, Nuno Maciel fez saber que haverá um incremento do apoio técnico de proximidade e recordou que está em curso o Plano de Acção para a cana sacarina, que contempla a manutenção e rejuvenescimento dos canaviais.

“É importante que na mesma superfície agrícola se consiga produzir mais, com melhor qualidade e com menos custos de produção. Se conseguirmos ter um valor de Brix (quantidade de açúcar) maior os produtores vão ter mais desempenhos financeiros para si e para as suas famílias, ao mesmo tempo que operadores vão conseguir produzir mais rum e mel” disse o governante onde na ocasião decorria no local uma formação da Escola Agrícola da Madeira destinada aos produtores de cana.

Em relação ao valor da cana, Nuno Maciel recordou que há dois anos este produto era pago a 360 euros à tonelada, sendo que este ano esse valor está nos 600 euros. “Ou seja, no espaço de dois anos houve um esforço público e privado para que a cana quase que duplicasse o valor pago ao produtor”, disse o responsável adiantado que isto só foi possível devido à estabilidade do Governo Regional, à previsibilidade da aprovação do orçamento e à política concertada de cooperação entre o sector público e o sector privado que tem acrescentado valor económico e rendimento aos nossos agricultores.

Além deste valor, paralelamente há uma majoração no preço para os agricultores que produzem a qualidade caninha ou em modo de produção biológico que é paga a 630 e 650 euros à tonelada respetivamente.

Numa altura em que se entra no último terço da safra, os números dados a conhecer apontam para uma produção que ronde as 9 mil toneladas, em linha com a do ano anterior.

Já antevendo o futuro do sector, Nuno Maciel fez saber que o Governo Regional quer continuar a acompanhar a evolução do preço, onde vai envidar esforços que a Região tenha mais POSEI. Um trabalho que só poderá ser realizado em cooperação com a União Europeia.

Atualmente existem 659 produtores de cana-de-açúcar que trabalham 155 hectares desta produção.