José Pacheco, presidente do Chega-Açores, reagiu esta quarta-feira ao caso que envolve o deputado Miguel Arruda, eleito pela Região Autónoma para a Assembleia da República. De acordo com o também deputado à Assembleia Legislativa dos Açores, "foram apreendidas três malas que pertenciam aos pais" de Miguel Arruda. As justificações terão sido dadas pelo próprio ao líder regional do partido, que apenas levou uma mala que não era sua "por engano".
Segundo o presidente do CHEGA-Açores, que diz também já ter pegado em malas alheias por engano, foi exatamente isso que aconteceu ao deputado em determinado momento, tendo sido impedido de a devolver.
"Não é propriamente um ladrão de malas", diz José Pacheco, que considera que "este assunto tem sido muito mal conduzido pela comunicação social" e que o caso é "uma camala" (o deputado regional quereria referir-se a uma cabala) contra "o próprio Chega".
Sobre a liberdade de imprensa, José Pacheco vê necessidade de ser criada "legislação que penalize forte e violentamente todo o jornalista que dê uma má notícia e que ponha em causa o bom nome das pessoas".
Esta quarta-feira, o deputado do Chega admitiu o furto de bagagens no aeroporto, sem justificar por que o fez. Miguel Arruda é suspeito de ter furtado várias malas de outros passageiros nos últimos meses no aeroporto de Lisboa, sobretudo dos voos provenientes de São Miguel. É arguido mas não pode ser interrogado por ter imunidade parlamentar.