A juíza norte-americana Jamee Comans validou a deportação do argelino Mahmoud Khalil, estudante na Universidade de Columbia, depois de a administração de Donald Trump o ter acusado de ser um perigo para o país.

Em causa está a participação do jovem numa manifestação ocorrida na Universidade de Columbia que pretendia prestar solidariedade aos cidadãos palestinos afetados pela guerra com Israel.

Citando a Lei da Imigração e Nacionalidade de 1952, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, determinou, no mês passado, que Khalil poderia prejudicar os interesses da política externa americana e, por esse motivo, deveria ser deportado, sugerindo que o jovem estaria “alinhado com o Hamas”, segundo a “Reuters”.

"Sabemos que há mais estudantes em Columbia e noutras universidades em todo o país que se envolveram em atividades pró-terroristas, antissemitas e anti-americanas", já tinha avisado Donald Trump, nas suas redes sociais.

Apesar da falta de provas, a juíza considerou não ter autoridade para se sobrepor a um secretário de Estado e, depois de 90 minutos de audiência, decidiu validar a decisão da administração de Trump. A decisão de Comans foi, segundo a própria, baseada numa carta de duas páginas assinada por Rubio e que fora enviada para o tribunal.

Khalil foi detido por agentes federais de imigração a 8 de março e permanece numa prisão no estado do Louisiana.

A juíza deu aos advogados de estudante um prazo até 23 de abril para que possam recorrer da decisão