
O líder do partido JPP Élvio Sousa considerou esta terça-feira “inconcebível” que o projecto de requalificação da Quinta Pedagógica dos Prazeres continue “encrencado” desde 2022, apesar de ter sido aprovado e financiado nesse mesmo ano.
A crítica foi feita durante uma visita ao concelho da Calheta, no âmbito da iniciativa 'Deputados pelo povo', promovida pelo grupo parlamentar do JPP. A comitiva, liderada por Élvio Sousa e que incluía o deputado da Calheta na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM), Basílio dos Santos, pretende auscultar as populações locais e identificar soluções para os principais problemas dos concelhos madeirenses.
Durante a deslocação à freguesia dos Prazeres, o líder do JPP denunciou “a inconcebível lentidão” das autoridades regionais e locais na concretização do projecto de requalificação do Mini Zoo da Quinta Pedagógica. Esta estrutura foi, durante vários anos, uma referência regional pela sua abordagem educativa e ambiental, aliando saberes tradicionais à valorização da economia local.
A Quinta Pedagógica dos Prazeres conquistou, ao longo do tempo, reconhecimento através de diversos prémios regionais, nacionais e internacionais, destacando-se pela produção artesanal de sidra, licores, vinagres e compotas.
Élvio Sousa realçou a importância deste “património único” e reforçou o compromisso do JPP em acompanhar de perto os temas com relevância regional e local. “Redobrar a atenção para os aspectos mais relevantes do ponto de vista regional mas também para os assuntos locais” é, segundo o dirigente, uma das prioridades do partido.
“A Quinta Pedagógica dos Prazeres é um projecto nuclear e de grande relevância regional e por essa razão mereceu a atenção do grupo parlamentar do JPP”, afirmou Élvio Sousa. “Estamos cá para dizer que o governo e a autarquia têm que ser mais diligentes e céleres com o projeto de requalificação”, adiantou.
A requalificação foi aprovada em 2022 no âmbito do Orçamento Participativo da Região, com uma dotação de um milhão de euros e um prazo de execução de 12 meses. No entanto, “três anos depois, a obra ainda não viu a luz do dia”, lamentou o líder da oposição. “Isto é inadmissível”, reforçou.
“Governo e autarquia têm de ser mais céleres, arregaçar as mangas e trabalhar mais”, sublinhou. “Três anos é tempo demais, com grandes prejuízos para a promoção e o desenvolvimento da freguesia dos Prazeres”.
O dirigente recordou ainda que a Quinta celebra 25 anos em Outubro e apelou à responsabilidade dos decisores políticos. “Governo e autarquia têm o dever de honrar esse trabalho e sobretudo o compromisso assumido para executar o projecto, que era de 12 meses, mas já se passaram 36 meses e nada”, destacou. “Todos os interlocutores têm de ser mais ágeis e céleres, já vamos com três anos de atraso, é inconcebível. Urge resolver a situação rapidamente”, disse.