O 40.º Encontro de Bandas Filarmónicas da Madeira, que decorre este fim de semana na Ribeira Brava, foi também marcado por uma forte mensagem de renovação e esperança, conforme destacou Rafael Mendes, presidente da Associação de Bandas da Região Autónoma da Madeira.

“Este é um evento que já faz parte do calendário cultural da Região. Hoje temos seis bandas a actuar e amanhã teremos as restantes. É sempre um momento muito especial, onde também damos a conhecer novos talentos”, afirmou, referindo-se à apresentação de jovens músicos integrados recentemente nas várias formações.

Para Rafael Mendes, este rejuvenescimento é fundamental para a vitalidade do movimento filarmónico. “As bandas vão envelhecendo naturalmente, mas também se vão renovando. Há sempre sangue novo a entrar, o que nos dá esperança e assegura o futuro”.

Este ano, o Encontro associa-se também ao Ano Jubilar, num gesto que alinha a iniciativa madeirense com as celebrações internacionais promovidas pelo Vaticano. “É uma ligação simbólica muito bonita. Em Roma, várias bandas participaram no Jubileu e aqui também quisemos fazer essa ponte. No final do encontro, vamos todos juntos executar o hino do Jubileu, num momento de união que celebra a música como linguagem universal”.

O responsável deixou ainda uma nota sobre os concelhos da Região, sublinhando que apenas um não conta atualmente com qualquer banda filarmónica. “Neste momento, há apenas um concelho sem banda. É o único. Vamos ver se conseguimos mudar isso no futuro”, referindo-se ao Porto Moniz.

Para Rafael Mendes, o Encontro de Bandas não é apenas um espectáculo, mas um retrato vivo da cultura popular madeirense, da formação musical que as filarmónicas continuam a promover na Madeira.