
O exército israelita começou a enviar ordens de mobilização aos reservistas nos últimos dias, prevendo convocar dezenas de milhares para a expansão da sua ofensiva na Faixa de Gaza, noticiaram hoje meios de comunicação social locais.
Uma porta-voz militar, questionada pela agência France-Presse (AFP), não confirmou mas também não negou a informação, mas familiares de jornalistas da delegação israelita desta agência de notícias já receberam o "Tsav 8" (a ordem de mobilização).
Hoje, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou o cancelamento de uma vista ao Azerbaijão, planeada para a próxima semana, "devido à intensa agenda diplomática e de segurança" e tendo em conta "os acontecimentos na Faixa de Gaza e na Síria", como referido num comunicado do seu gabinete.
Em 18 de março, o exército israelita retomou os seus ataques diários, seguidos de operações terrestres, na Faixa de Gaza, pondo fim a uma trégua de dois meses na guerra com o grupo radical palestiniano Hamas, que controla o enclave desde 2007.
O Governo de Benjamin Netanyahu tem afirmado repetidamente que a pressão militar é a única maneira de forçar o Hamas a libertar os reféns sequestrados no ataque de 7 de outubro de 2023, que também matou 1.218 pessoas do lado israelita, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 52 mil mortos, na maioria civis, destruiu quase todas as infraestruturas e deu origem a um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.