"Em operações conjuntas das Forças de Defesa de Israel e do serviço de informações em Jabalia e Beit Lahia [norte da Faixa de Gaza], a 162.ª Divisão localizou e eliminou terroristas que participaram no massacre de 07 de outubro", indica uma declaração do Exército, referindo-se ao ataque do Hamas que há mais de um ano matou cerca de 1.200 pessoas em solo israelita e provocou o atual conflito na região.

Na sua nota, o Exército menciona várias operações lançadas no norte do enclave palestiniano nos dias 26 e 27 de novembro.

Segundo os militares israelitas, em 26 de novembro, foi abatido Rasem Jawda, comandante do Hamas, num ataque aéreo contra Jabalia, e Zahar Shahab e Ali Ramadan, milicianos que participaram nos ataques de 07 de outubro.

"Dois outros comandantes do Hamas também foram mortos no ataque", acrescenta a nota.

No dia seguinte, 27 de novembro, a brigada Givati ??do Exército israelita realizou "uma incursão a um ponto de encontro terrorista", também em Jabalia, onde é descrito que Muhammad Abd al-Hamid Salah, miliciano que colaborou nos ataques de 07 de outubro, foi eliminado juntamente com outros dois comandantes da organização palestiniana.

No comunicado o Exército refere ainda uma outra operação "há cerca de um mês", sem especificar a data, na qual um militante do Hamas, identificado como Mohammed Hamoud e também presente no ataque há mais de um ano em Israel, foi eliminado juntamente com outros cinco combatentes.

"Mohammed Hamoud infiltrou-se em território israelita e participou no massacre de 07 de outubro, foi eliminado pelo Centro de Controlo de Incêndios da Brigada Kfir", relata o comunicado.

Há quase três meses que Israel leva a cabo uma dura campanha de "terra queimada" em todo o norte da Faixa de Gaza, com repetidos ataques contra os seus hospitais e escolas, onde se refugia grande parte dos deslocados, embora o Exército justifique que estes locais são também usados pelo Hamas.

O número total de mortos desde o início da guerra na Faixa de Gaza aumentou nas últimas horas para 45.151, 70% dos quais são mulheres e crianças, segundo a contagem do Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

A guerra foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, no qual mais de 1.200 morreram e outras 250 foram levadas como reféns.

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