"Durante a noite (...), a força aérea israelita atingiu vários alvos terroristas do Hezbollah no Vale do Bekaa (...) que representavam uma ameaça", afirmou o exército.
Numa mensagem publicada nas redes sociais, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) afirmaram que um dos locais visados contém "infraestruturas subterrâneas, utilizadas para o desenvolvimento e fabrico de armas".
O exército disse ter também atingido instalações "na fronteira sírio-libanesa utilizadas pelo Hezbollah para o tráfico de armas para o Líbano".
Um dia antes, o exército anunciou ter intercetado um 'drone' do Hezbollah, que disse ter sido lançado em direção ao território israelita, sem especificar se a operação ocorreu no Líbano ou já em Israel.
O porta-voz em árabe das IDF, Avichay Adraee, disse hoje que o envio do drone é "uma violação do entendimento entre Israel e o Líbano", embora tenha indicado que o exército continua "comprometido com os acordos alcançados em relação ao cessar-fogo no Líbano".
As IDF acrescentaram que "não permitirão atividades terroristas do Hezbollah no Líbano e agirão para eliminar qualquer ameaça ao Estado de Israel e aos seus cidadãos".
Desde 27 de novembro, está em vigor um frágil cessar-fogo entre o movimento islamita libanês, apoiado pelo Irão, e Israel.
A trégua suspendeu uma ofensiva israelita no sul do Líbano contra o Hezbollah, que atacava o norte de Israel desde a guerra na Faixa de Gaza, iniciada em outubro de 2023 depois de um ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em solo israelita.
O acordo de tréguas entre Israel e o Hezbollah expirou no domingo e foi prorrogado até 18 de fevereiro, data em que as tropas israelitas devem abandonar definitivamente o Líbano.
O pacto estabelecia a retirada das tropas israelitas do sul do Líbano e a retirada do Hezbollah a norte do rio Litani, cerca de 30 quilómetros a norte da fronteira com Israel.
Israel anunciou em 24 de janeiro que não iria retirar as forças ainda presentes no Líbano desde a invasão iniciada em 01 de outubro, enquanto o exército libanês não ocupar as áreas que deve controlar.
O Hezbollah e o Hamas, entre outros grupos radicais da região, integram o chamado "eixo de resistência" contra Israel liderado pelo Irão.
O líder carismático do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em setembro, juntamente com outros dirigentes do grupo xiita, durante um ataque israelita nos arredores de Beirute.
VQ (PNG) // VQ
Lusa/Fim